O já tradicional Trem do Samba, que parte da Central do Brasil em direção ao bairro de Oswaldo Cruz, vai cruzar fronteiras e chegar à Europa no próximo ano. O responsável pela importação do projeto carioca é Christian Estrosi, prefeito de Nice, na França, que veio ao Rio para firmar parcerias culturais. Fã de carnaval, ele foi à Cidade do Samba na quarta-feira e conversou com Marquinhos de Oswaldo Cruz, idealizador do Trem do Samba. Ele assinou um acordo para a realização do evento em sua cidade e também em Paris.
Com edições anuais desde 1996, o Trem do Samba viajará pela primeira vez para fora do Rio. Para Estrosi, Nice é a parada ideal dessa viagem, pois a cidade tem um dos carnavais mais agitados da Europa.
— Estou muito feliz de levar o samba para minha terra. Nunca tivemos música dentro de um trem. Meu objetivo é fazer um festival com artistas brasileiros. Quero contar com sambistas de peso, como Paulinho da Viola, já na primeira edição do evento — afirmou o prefeito.
A ideia partiu do cônsul-geral da França no Rio, Brice Roquefeuil, que propôs o evento a Estrosi.
— Ele adorou a ideia assim que eu a apresentei. Estrosi planejava conhecer o Rio e achei ótimo ter a oportunidade para lhe mostrar o projeto — disse Roquefeuil.
Além de internacionalizar o Trem do Samba, Estrosi veio buscar apoio para a candidatura de Nice ao título de Patrimônio Mundial da Unesco, na categoria Paisagem Cultural Urbana.
— Como o Rio ganhou esse título em 2012, vim pedir apoio para a votação, já que a cidade terá um peso muito grande na escolha do próximo vencedor. Acredito que Nice tem boa chance de vencer, há muito em comum entre as duas cidades. A geografia, por exemplo, é bem parecida. Ambas estão espremidas entre o mar e a montanha. Também temos uma baía e quase oito quilômetros de praias — explicou Estrosi.
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