Transporte de carga na FNS atrai apenas uma empresa

Só uma empresa se candidatou, e ainda sob condições, a operar trens no trecho de 855 km da Ferrovia Norte-Sul, entre Anápolis (GO) e Palmas (TO), inaugurado em maio pela presidente Dilma Rousseff. Seguindo o novo modelo ferroviário, a estatal Valec ofereceu ao mercado a possibilidade de empresas colocarem seus vagões e locomotivas no trecho para transportar carga própria ou de terceiros. Mas, embora a rota seja importante ao escoamento de grãos, farelo e combustíveis, a resposta foi perto de zero.


“Houve uma proposta formal, mas condicionada”, disse ao Estado o diretor de Operações da Valec, Bento José de Lima. A empresa, cujo nome é mantido em sigilo, informou estar interessada em transportar carga na ferrovia, desde que lhe seja garantido acesso até o porto de Itaqui (MA).


Isso não é simples de assegurar, já que a linha entre Palmas e Itaqui é uma concessão da Vale. E essa concessão, no modelo “antigo”, não obriga a empresa a permitir a passagem de composições de terceiros, a menos que haja capacidade ociosa na linha.


“A carga vai de Anápolis até Palmas, e depois a ferrovia é da Vale”, diz o vice-presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog), Rodrigo Vilaça. “Há aí uma complexidade que a Valec terá de negociar.” Se as linhas da Vale comportarão ou não a carga do novo operador, é algo que ainda será respondido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A agência leva em consideração que a mineradora está fazendo investimentos para duplicar a ferrovia, o que gradualmente aumentará sua capacidade.


“As regras do jogo não estão dadas. Por isso, o mercado se retrai e diz: ‘é um tiro no escuro, não vou entrar nessa aventura'”, avalia o presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga (Anut), Luis Henrique Teixeira Baldez, para explicar o pouco interesse do setor privado. As normas sobre o funcionamento do transporte independente de carga ferroviária só saíram um mês após o governo abrir a concorrência pelo uso da Norte-Sul. E continuam sendo corrigidas.


“Tem sido um processo atabalhoado”, reconheceu o diretor da Valec. “É o preço que pagamos por querer acelerar as coisas.” Além da regulação incompleta, a própria ferrovia carece de complementos, disse Baldez. O Estado revelou, na semana passada, que um trecho de 220 km da Norte-Sul liberado pela ANTT, entre Palmas e Gurupi (TO), não tem condições de tráfego. Trilhos foram roubados, dormentes apodreceram. A agência reguladora condicionou o uso da linha à conclusão dos reparos. E está vistoriando o restante da linha, para só então liberá-la.
Segurança. Mas a ferrovia carece de melhorias para além desses consertos, segundo o presidente da Anut. Faltam sinalização, desvios e sistemas de controle que são colocados na própria linha, mas não estão lá. “Não é só jogar o trilho”, diz. O correto, segundo o executivo, seria concluir a instalação desses equipamentos, fazer um teste pré-operacional e, então, liberar a linha para o mercado.


O diretor da Valec diz que os sistemas a que Baldez se refere são usados em linha de tráfego intenso, o que não seria o caso desse trecho da Norte-Sul. No início, a expectativa é que passe um par de trens por dia. Por isso, esses equipamentos não serão implantados, informou Bento Lima. Os testes operacionais, por sua vez, estão em curso. No início, explica o diretor, os trens não trafegarão a velocidades acima de 30 km ou 40 km por hora. À medida em que houver segurança quanto ao tráfego da linha, os trens serão autorizados a acelerar. A velocidade média será de 60 km por hora.


Trilhos chineses chegam amanhã, após 3 anos de espera


As obras da chamada Extensão Sul da Ferrovia Norte-Sul, que ligará o sul de Goiás à cidade paulista de Estrela d’Oeste, estão a pleno vapor, com a construção de pontes e túneis. Mas, não há trilho. Essa situação inusitada foi provocada pela dificuldade da Valec em comprar o material. A novela burocrática durou três anos, exigiu três processos licitatórios diferentes e foi alvo até de uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).


Mas, se o tempo ajudar, o material comprado da chinesa Pangang chega amanhã ao porto de Santos, segundo a Valec. O pagamento só será feito após a conclusão de um teste de qualidade.
Nas três concorrências realizadas pela Valec para comprar trilhos, a Pangang foi vencedora. O primeiro processo foi suspenso devido a uma série de irregularidades e má qualidade do material.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*