O governo de Mato Grosso do Sul vai “cobrar responsabilidades” do governo federal e da nova concessionária da rede ferroviária no Estado, a Rumo, para garantir a continuidade da manutenção dos 1,2 mil quilômetros de trilhos que cortam o território sul-mato-grossense. A declaração foi dada ontem à imprensa pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), após formatura no Comando Geral da Polícia Militar, uma semana depois de ser divulgada notícia de que o transporte ferroviário no Estado pode chegar ao fim nesta semana, com a circulação do último trem, Bauru a Corumbá, no dia 22, segundo informação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul.
Em resposta às ações que já estão sendo tomadas pelo Estado de Mato Grosso do Sul para contornar a situação, o governador afirmou que já requisitou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informações sobre os compromissos formalizados pela Rumo neste novo contrato de concessão, firmado em fevereiro último.
“Eu espero que o governo federal não vire as costas para Mato Grosso do Sul, porque ele é o concessionário desse serviço público, e o governo federal é que tem a força de exigir da Rumo a manutenção e reestruturação dos trilhos da antiga Noroeste do Brasil. Da parte do governo, eu digo a você que nós vamos cobrar, realmente, porque essa ferrovia é realmente muito importante, a (sua) manutenção”, destacou.
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