A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou na tarde desta terça-feira (5) o projeto de lei que autoriza o GDF a contratar empréstimo de R$ 737,1 milhões junto à Caixa Econômica Federal para a compra de dez novos trens para o Metrô. O texto foi enviado no início de abril pelo Poder Executivo com regime de urgência, mas sofreu rejeição entre os distritais.
O texto foi aprovado em votação simbólica em dois turnos com a presença de 17 deputados. Nenhum dos parlamentares em plenário manifestou oposição à proposta. Pela manhã, a Comissão de Orçamento e Finanças aprovou o substitutivo ao texto original do Buriti. O GDF precisa submeter o pedido de empréstimo ao banco.
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O texto original também autorizava a contratação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas o GDF diz que a operação com a Caixa oferece “menor exigência de contrapartida financeira”. A garantia dada pelo governo é a arrecadação de ICMS.
A compra dos novos trens faz parte do processo de expansão do sistema metroviário do DF. Em março, o Metrô disse ao G1 que abriria uma licitação para a conclusão das estações da 104 Sul, 106 Sul e 110 Sul.
As paradas começaram a ser construídas junto com as demais, em 1991, mas não foram abertas por falta de demanda. A inauguração das três estações obedece a uma diretriz do Plano Diretor de Transporte Urbano.
Para a conclusão das obras nas novas estações são necessárias intervenções como a finalização do acabamento, instalação de equipamentos e construção da passarela de pedestre ligando os eixos W e L. A construção deve durar dois anos e deve ser feita com recursos do PAC, ao custo de R$ 78,9 milhões.
Um estudo do Metrô aponta que mais 8,4 mil pessoas devem passar a usar os trens todos os dias, com a abertura das três estações. Atualmente o sistema conta com 140 mil usuários e funciona de segunda a sábado, das 6h às 23h30, e das 7h às 19h, aos domingos e feriados. O órgão também estuda ampliar o funcionamento nestes outros dias.
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