PMEs podem faturar R$ 11,8 bi com concessões

As micro e pequenas empresas podem faturar R$ 11,8 bilhões com o novo plano de concessões em infraestrutura do governo federal que prevê investimentos em rodovias, ferrovias e aeroportos. Segundo cálculos do Sebrae Nacional, as compras das construtoras costumam representar de 30% a 40% do valor de cada obra e as empresas de pequeno porte podem ter participação de até 30% nesse volume de negócios.

“Tornar-se fornecedor de uma grande empresa pode ser o caminho para o sucesso dos pequenos negócios. Para tanto, a palavra de ordem é competitividade, atendendo aos requisitos exigidos pelas empresas contratantes, geralmente associados a prazo, preço e qualidade dos produtos e serviços ofertados”, disse Luiz Barretto, presidente do Sebrae Nacional, mencionando que muitos empreendedores veem no relacionamento com os gigantes do mercado uma oportunidade de crescimento.

De acordo com ele, na área de rodovias, as pequenas empresas podem atuar no fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI), material elétrico e hidráulico, tintas, ferragens, blocos de concreto, cimento, uniformes, ferramentas, transportes de pessoas e materiais, pintura, locação de veículos e maquinário.

Segundo o presidente do Sebrae, há boas oportunidades também na área de varejo dos aeroportos e no fornecimento de serviços de operação aeroportuária. Para exemplificar essa potencialidade de negócios, Barreto cita o Consórcio do Aeroporto de Guarulhos, no qual foram mapeados 104 fornecedores locais na base de compras em 42 categorias de possível fornecimento. O potencial de compra estimado pelo projeto foi de R$ 23 milhões, sendo que R$ 42 milhões já eram comprados localmente pelo aeroporto.

“O Sebrae estuda ampliar a atuação para os demais aeroportos que foram concedidos à iniciativa privada. Nesse sentido, a experiência em Guarulhos é fundamental para gerar conhecimento sobre a inserção competitiva e sustentável de pequenos negócios na cadeia de valor de operações aeroportuárias”, acrescentou.

Fonte:  Brasil Econômico

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