A doação de uma área pertencente à Ferrovia Tereza Cristina (FTC) para a Prefeitura de Criciúma foi discutida na última quarta-feira, 1º, em Florianópolis. O território fica próximo à antiga estação ferroviária desativada em 1987.
No local, foram construídas várias casas ao longo dos anos. A concessão foi solicitada, pois o município quer regular a situação das residências.
Conforme a secretária de Assistência Social de Criciúma, Solange Barp, na reunião foi requisitada a ajuda do Governo do Estado para auxiliar no processo de doação da área da FTC para a União. O repasse à Prefeitura de Criciúma possibilitará a regularização da área.
“Como é uma economia mista, a ferrovia tem interesse de comercializar diretamente com os moradores. Mas isso iria demorar e gerar problemas. Nós queremos evitar o surgimento desses problemas. Existem pessoas que moram no local há mais de 20 anos”, destaca a secretária.
De acordo com Solange, após a retirada da estrada de ferro, foi construída uma rua e houve invasão dos terrenos. O trecho da FTC passa pelos seguintes bairros: Cidade Mineira Velha, Imperatriz, Jardim União, Progresso, São Sebastião, Santa Luzia e Santo André.
Hoje, existem aproximadamente 350 casas e também comércio, todos já cadastrados na prefeitura, e pagando IPTU. “Têm famílias de baixa renda, mas outros tiram do local o próprio sustento, como padarias. Que bom que as pessoas foram para lá por questão de vulnerabilidade e agora conseguiram superar isso”, afirma a secretária.
A moradora do bairro Progresso Maria de Fátima da Luz vive no local há quatro anos. Ela comprou o terreno da irmã, mas não tem documentação. “Seria melhor se eu tivesse a escritura, seria uma segurança para mim”, relata.
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