Mostra ‘Memória Trilho’ leva exposição e documentário a cidades de MG

Santos Dumont, na Zona da Mata, recebe nesta quinta-feira (30) a Mostra Cultural Memória Trilho. O evento é resultado do projeto de mesmo nome, desenvolvido pelo Laboratório de Patrimônios da Universidade Federal de Juiz de Fora (Lapa/UFJF).

O objetivo é mostrar à sociedade os resultados obtidos nesse trabalho. O evento ainda será realizado em Barbacena, Antônio Carlos, Ewbank da Câmara, Juiz de Fora e Matias Barbosa, que participaram da iniciativa.

A programação inclui palestra com a coordenação do projeto, exibição da versão longa do documentário “Apite”, além de exposições de banners, trabalhos feitos nas oficinas do projeto e objetos ligados à ferrovia.

Em Santos Dumont, a mostra será às 18h30 no Centro Cultural Paulo de Paula, durante o Festival de Inverno. No dia 5 de agosto, o evento segue para Ewbank da Câmara, onde será realizado no auditório do Centro Municipal de Saúde a partir das 18h30. Em Antônio Carlos, no dia 14, será às 16h na Câmara de Vereadores. Em Matias Barbosa, no dia 21, será no galpão da Camig às 19h. Barbacena e Juiz de Fora ainda não têm datas fechadas.

Patrimônio

O projeto “Memória Trilho” buscou resgatar a memória do cotidiano do trem a partir da identificação, resgate e valorização do patrimônio cultural ferroviário material e imaterial nos caminhos mineiros da antiga SR-3.

Desde março de 2013 uma equipe multidisciplinar está em busca de vestígios, manifestações, relatos e lugares que ancoram a memória do sistema ferroviário, em grande parte desativado nas décadas de 60 e 70, que impulsionou o desenvolvimento urbano, econômico e sociocultural no Brasil.

O documentário

A dupla de jornalistas Matheus Engenheiro e Miriam Azevedo embarcou em uma viagem na história para dirigir “Apite”.

De Matias Barbosa a Antônio Carlos foram outras quatro cidades, e por cada uma que passavam, eram bem recebidos e levavam na bagagem uma parte do quebra-cabeça. “Escolhemos um trecho e percorremos seis cidades por onde o trem passava, entrevistamos ferroviários, pessoas da comunidade, secretários de Cultura, tentando traçar um panorama”, conta Miriam.

Todo o processo de filmagem durou cerca de sete meses, com duas viagens por semana, em média. No destino final, tinham conseguido fortalecer a memória ferroviária da região e entender um pouco mais sobre o papel social dos trilhos. “O trem de passageiros representava mais do que um meio de transporte, era algo que fazia parte da vida e do cotidiano das cidades. Foi muito gratificante ver a felicidade e a saudade que as pessoas têm do trem e ver que o nosso filme era uma oportunidade delas contarem suas histórias”, finalizou.

A versão curta-metragem do “Apite” foi levado à Mostra de Cinema de Tiradentes e no Festival Primeiro Plano de Juiz de Fora.

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