Não tem trem, não tem bala, mas estatal está firme e forte, diz Alckmin

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, nesta terça-feira, que há espaço para um maior corte de despesas governamentais. Durante participação no seminário “2030: O Brasil que queremos”, promovido pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), em Brasília, o tucano lembrou que, desde 1808, 142 empresas estatais foram criadas no Brasil, sendo 42 apenas nas administrações do PT. “Não tem trem, não tem bala, mas a empresa estatal está firme e forte”, disse em relação à Empresa Brasileira do Trem de Alta Velocidade (Etav). (N.R.F.: EPL – Empresa de Planejamento e Logística)

Alckmin criticou o ajuste fiscal conduzido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao afirmar que não adianta estabelecer um arrocho sem oferecer em contrapartida um projeto de desenvolvimento do país. “Não adianta só fazer ajuste fiscal, se não tiver projeto de desenvolvimento”, afirmou. “Temos governos demais e PIB de menos. Não cabe. Essa é uma mudança cultural e tem que ser feita em todos os níveis”, acrescentou.

Mais cedo, Alckmin recebeu cinco dos seis governadores do partido em almoço no Palácio dos Bandeirantes para discutir a conjuntura política e econômica e buscar um consenso em torno da ideia do governo federal de recriar a CPMF para financiar a Previdência Social. Em entrevista, negou que a recriação do imposto tenha sido o objetivo exclusivo da reunião. Para ele, antes de elevar a carga tributária, a União deveria se concentrar em reduzir despesas.

“Defendemos que em momentos excepcionais pode ter aumento de tributos. Mas é preciso antes reduzir despesas. Fazer um esforço pelo lado da despesa. Há uma avenida”, disse Alckmin, argumentando que o déficit de R$ 30 bilhões representa um montante pequeno diante de um orçamento federal de R$ 1,4 trilhão.

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