Empresários dizem que terão ‘trégua’ em financiamentos do BNDES

O vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cesar Prata, informou ontem que o BNDES vai dar uma “trégua” de um ano para empresas que tenham financiamentos contraídos junto à instituição, a partir de 2009, para a compra de máquinas e bens de capital. Mas ele não deu detalhes de como isso vai ocorrer.

Segundo Prata, a medida foi anunciada ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, em reunião com representantes do Fórum da Previdência, no Palácio do Planalto. Prata destacou que a medida vai ajudar as empresas, evitando assim demissões e falências.

— As tecnicalidades ainda estão sendo discutidas, o importante é que o governo entendeu o nosso pleito. Teremos uma trégua — destacou Prata.

A Abimaq pleiteia junto aos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento que as indústrias beneficiadas pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI) paguem apenas os juros dos empréstimos por um período de 12 meses. O pedido foi feito porque as empresas estão com dificuldade de honrar o pagamento das parcelas.

Operado pelo BNDES, o PSI foi lançado pelo governo em 2009, para manter o nível de investimentos no país, em meio à crise global. Este ano, foram liberados R$ 26,6 bilhões de janeiro a outubro. Desse total, cerca de R$ 10,6 bilhões foram para o setor de máquinas e equipamentos.

Como a maior parte do crédito para esse segmento é por meio de operações indiretas — intermediadas por agentes financeiros que ficam com o risco do crédito —, a inadimplência não atinge o BNDES. Por isso, o banco não sabe dizer o montante em atraso. A negociação para qualquer flexibilização do pagamento está sendo feita pelo governo.

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