Estudos sobre o VLT de Mato Grosso e valor da tarifa devem sair até março, diz governador

O governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB) disse, em entrevista, que o estudo sobre o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em relação ao que foi feito na implantação do projeto na Grande Cuiabá até agora e qual será o valor da tarifa deverá ser entregue até meados de março deste ano.

– Não coloco R$ 1 no VLT sem saber o que ocorreu aqui – disse o chefe do Poder Executivo estadual.

O impasse entre as empresas que compõem o Consórcio VLT, que alegam atrasos nos repasses e pedem mais dinheiro para a conclusão da obra, e o governo, que afirma que só vai retomar a obra após auditoria no que já foi executado, está na esfera judicial. E foi por causa de uma determinação da Justiça Federal que o estado contratou uma empresa para fazer uma consultoria a respeito do modal de transporte, no qual já foi gasto R$ 1,066 bilhão.

A construção está parada desde o final de 2014. O estudo deverá esclarecer, segundo Pedro Taques, o que foi feito na obra, qual o modelo de operação do VLT e quanto custará a passagem.

– No final de fevereiro, até meados de março, deveremos ter esse estudo. E aí vamos mostrá-lo à Assembleia Legislativa, à Câmara de Cuiabá e à de Várzea Grande, para que possamos decidir [o que vai ser feito] – declarou Taques na entrevista.

O governador disse ainda que tem a intenção de concluir a obra, até mesmo por causa do que já foi gasto nela.

– Eu não posso jogar fora R$ 1,066 bilhão que já foram gastos. Eu não posso pegar 40 vagões que estão parados em Várzea Grande e jogar fora”, afirmou. “Eu entendo que tem que terminar o VLT sim. Não podemos deixar essa cicatriz. Eu preciso colocar o dedo na ferida. O meu desejo é terminar o VLT – disse.

O VLT foi licitado por R$ 1,477 bilhão e deveria ter sido entregue a tempo da Copa do Mundo de 2014. O metrô de superfície deverá ser implantado em dois eixos: um do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, até o CPA (Centro Político Administrativo) da capital; o outro entre o Coxipó e o Centro, ambos em Cuiabá.

Estradas de terra
O estado tem 24 mil km de rodovias estaduais não pavimentadas e, segundo Taques, a intenção é asfaltar 10 mil km até o fim da sua gestão, em 2018. Mas alegou que o estado não tem recursos suficientes para colocar esse projeto em prática sozinho, necessitando de parcerias. A obra custaria em torno R$ 10 bilhões, na avaliação dele. Ele disse ter pavimentado mais de 500 km nesse primeiro ano de mandato.

– Mato Grosso tem 5.600 km de rodovias estaduais pavimentadas e, no ano passado, pavimentamos 530 km. Se continuar nessa média, em quatro anos, chegaremos à metade do que já existe em Mato Grosso de rodovias pavimentadas – pontuou.

Para este ano, o projeto é asfaltar 900 km de rodovias estaduais, com recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e obtidos por meio de parcerias com o setor produtivo. A execução dessas obras deve custar cerca de R$ 1 bilhão.

Em entrevista nesta quarta-feira, ele reforçou que a intenção do estado é substituir as pontes de madeiras por pontes de concreto. Anunciou ainda a inauguração de quatro pontes de concreto na Transpantaneira, principal via de acesso ao Pantanal mato-grossense, na próxima semana.

Saúde
Conforme Taques, a saúde tem sido priorizada na sua administração, mas reconheceu as inúmeras deficiências. Entre as ações adotadas nessa área em 2015, citou a obra do novo Pronto-Socorro da capital, no Bairro Ribeirão do Lipa.

– Em julho de 2015 começamos a repassar para o município de Cuiabá R$ 50 milhões para a construção do Pronto Socorro, que precisa de pelo menos 18 meses para ficar pronto. Também retomamos a obra do Hospital Central que estava parada há 30 anos. Priorizamos as obras em Cuiabá, pois 60% dos atendimentos feitos na capital são de pessoas do interior do estado – afirmou o governador.

Ainda na área da saúde, a meta do atual governo, de acordo com Taques, é reduzir o número de decisões judiciais determinando o atendimento de pacientes de forma urgente. Ele afirmou que em 2014 o estado foi condenado ao pagamento de R$ 100 milhões nas liminares da saúde e que, no ano passado, esse número caiu quase em 50%.

Fonte:  G1 Mato Grosso

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