Secretário diz que 8 vagões do VLT foram comprados a mais em MT

Oito vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cuja obra está parada desde 2014, teriam sido compradas desnecessariamente, de acordo com o secretário estadual de Projetos Estratégicos, Gustavo Oliveira. Para os dois eixos, Aeroporto Marechal Rondon (em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá) – CPA e Centro de Cuiabá-Coxipó, serão necessários, contando com três vagões reserva, 32 vagões e foram comprados 40. Ainda não há previsão para retomada da obra.

“Tem um estudo técnico consistente feito por uma das três maiores empresas do país conhecedoras do assunto que diz que cada trem tem que ter um intervalo mínimo de três minutos entre um trem e outro e, nos 22 km de percurso, só dá para distribuir ou 28 ou 29 trens dependendo o modelo de operação”, afirmou, em entrevista à Centro América FM, nesta quarta-feira (24).

O dinheiro gasto nessa compra daria para economizar cerca de R$ 120 milhões. “Esse dinheiro poderia ter sido investido em outra obra”, avaliou.

Parceria com o privado

O estado não tem dinheiro para concluir a obra do VLT e, conforme Oliveira, está sendo estudada até mesmo a possibilidade de se firmar uma parceria com uma empresa privada, que teria como garantia um contrato para explorar o sistema de 25 a 30 anos.

“O estado não tem dinheiro e precisamos estruturar uma Parceria Público Privada (PPP) em que o investidor privado coloca esses R$ 500 milhões para terminar a obra e tem uma concessão de 25, 30 anos para recuperar esse investimento que ele fez”, declarou.

Além dessa alternativa, o estado tenta angariar recursos ao governo federal. Para terminar a obra, inicialmente orçada em R$ 1,4 bilhão, seriam necessários cerca de meio milhão de reais.

Sobre a data estimada de conclusão do projeto, o secretário avalia que é possível terminar em dois anos, no entanto, a população teria que ter compreensão. “É possível, mas o preço disso é ter todas as avenidas Fernando Corrêa, CPA, Prainha, bloqueadas o tempo todo”, pontuou.

Outra opção é buscar recursos junto ao governo federal e usar parte dos recursos do estado para investir na obra. “Podemos terminar a obra com dinheiro público e depois fazer uma concessão para uma empresa para operar o sistema e o estado bancar parte desse montante para que a tarifa fique no mesmo patamar [da passagem de ônibus] que tem hoje”.

Valor da tarifa

O valor da tarifa ainda não foi definido, mas deve ser o mesmo da tarifa de ônibus, atualmente R$ 3,10 e deve ser reajustado nos próximos dias, como explicou o secretário. “Quando o VLT ficar pronto, o usuário vai pagar um bilhete único para acesso o ônibus e o VLT. Um novo estudo já mostrou que 50% das pessoas vão fazer a integração”.

Os primeiros vagões chegaram em Cuiabá em novembro de 2013. Cada vagão desses tem capacidade para acomodar, no máximo, 400 pessoas.

Fonte:  G1 Mato Grosso

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*