Em nota, a GRU Airport informa que “está avaliando as alternativas técnicas” e que o “cronograma do projeto” —não especificamente do monotrilho, mas de alguma opção de transferência— “está em linha com o prazo de entrega das obras” da CPTM.
Quatro anos atrás, o próprio grupo havia informado que a escolha mais provável era um monotrilho, “com cerca de dois quilômetros de extensão e custo estimado de US$ 40 milhões”.
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Além de receber intenso fluxo de passageiros, o aeroporto de Guarulhos é também o destino de mais de 35 mil trabalhadores, entre empregos diretos e indiretos.
Por seu porte e pelo vasto número de voos internacionais que oferece, ligá-lo ao centro de São Paulo por trilhos, a exemplo do que acontece em grandes metrópoles internacionais, é uma velha promessa de gestões tucanas.
IDAS E VINDAS A conexão ferroviária é anunciada há pelo menos 14 anos. Em 2002, durante campanha pela reeleição, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) manifestava desejo de ter um “Expresso Aeroporto” pronto em 2005.
Tratava-se de um projeto de ligação direta da estação da Luz até Cumbica em 22 minutos. O trem teria local para acomodar bagagem e tarifa estimada à época em R$ 20.
O plano não teve andamento, contudo, e foi reciclado em 2007, já na gestão de José Serra (PSDB). Prometia-se financiar a obra com recursos do governo federal e da iniciativa privada, com expectativa de entrega em 2010.
Ainda em 2009, no entanto, nova admissão de fracasso: o trem expresso seria incluído no pacote de obras para o país receber a Copa de 2014, mas não houve empresas interessadas no projeto.
Por fim, em 2011, outra vez sob o comando de Alckmin, o governo paulista abandonou a ideia do trem expresso e optou por expandir a malha da CPTM até Guarulhos, com a criação da linha 13-jade.
Desde então, houve ao menos três atrasos em relação aos prazos de entrega da linha, já anunciada para 2014, 2015 e 2016.
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