Investimentos no setor voltam ao nível de 2009, diz Abdib

Os investimentos públicos e privados em infraestrutura devem
retroceder seis anos em 2016, para a casa dos R$ 120 bilhões, registrando o
pior nível desde 2009, quando o montante foi de R$ 106,6 bilhões – em 2010
ficou em R$ 123,2 bilhões. Os valores estão atualizados. O levantamento é da
Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e diz
respeito às quatro grandes áreas de infraestrutura: transportes, saneamento,
energia elétrica e telecomunicações.

No ano passado, os investimentos totais nesses setores
somaram R$ 126, 3 bilhões, o equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB)
– percentual considerado pequeno frente à necessidade e relativamente à fatia
do PIB que países desenvolvidos destinam ao setor.

Para a Abdib, a retomada do investimento na infraestrutura
brasileira precisa mais que dobrar, para 5% do PIB (cerca de R$ 300 bilhões) ao
ano, mas isso vai depender da disponibilização de todas as fontes de
financiamento disponíveis, o que inclui necessariamente recursos externos e o
mercado de capitais interno, além das já tradicionais fontes oficiais – como o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai entrar
com menos nas próximas concessões e privatização.

Recentemente, o presidente da Abdib, Venilton Tadini, disse
que os projetos listados no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) não
vão parar em pé com o modelo atual de exigência de garantias corporativas do
empreendedor.

A associação vem defendendo a adoção de uma série de medidas
para os projetos. Por exemplo, que as instituições financeiras ofereçam crédito
na modalidade “project finance non-recourse” – sem o uso de garantias
corporativas, evitando onerar o balanço das empresas.

Outra proposta da Abdib é a criação de um fundo para hedge
cambial, de forma a neutralizar os efeitos da variação cambial, o que prejudica
a atração de investimentos estrangeiros.

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