A crise econômica está provocando atraso em obras
governamentais, fato que pode ser visto em todo o país. Apesar desse tipo de
obra tradicionalmente andar a passos de cágado (basta ver as obras do metrô de
São Paulo) mesmo em condições econômicas normais, a falta de dinheiro nos
cofres públicos tem piorado o cenário desde que a recessão bateu forte no país.
Um exemplo é o Veículo Leve sobre Trilhos de Fortaleza (VLT
Parangaba-Mucuripe), que teve seu início em 2012, com previsão de término para
2014, e ainda está em fase de obras. O mesmo ocorre com as obras da Linha Leste
do Metrô de Fortaleza (Metrofor), que estão paralisadas desde 2015.
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No caso da Linha Leste do Metrô o governo estadual,
responsável pelas obras, espera a liberação de R$ 2 bilhões para retomar o
trecho: R$ 1 bilhão do Ministério das Cidades e R$ 1 bilhão do BNDES.
Já as obras do VLT, que deveriam ter ficado prontas para a
Copa de 2014, uma série de percalços tem atrapalhado a conclusão. Com os
serviços suspensos em maio de 2014, motivado pela quebra de contrato com o
consórcio CPE-VLT, a obra só foi retomada mais de um ano depois, em julho de
2015.
OBRA DA LINHA LESTE
DO METRÔ DE FORTALEZA AGUARDA LIBERAÇÃO DE R$ 2 BILHÕES:
As obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (Metrofor)
tiveram início em novembro de 2013. Paralisadas no início de 2015, o governo do
estado do Ceará aguarda verbas garantidas pelo Governo Federal para a conclusão
do trecho.
Ainda esperando a liberação de R$ 2 bilhões, o governador do
Ceará, Camilo Santana, está a um passo de perder a paciência. Ele disse há
poucos dias que, caso o impasse com os organismos do Governo Federal não seja
resolvido através do diálogo, ele poderá entrar na Justiça para garantir os
recursos para a Linha Leste do Metrofor. O governador afirma ter todos os
documentos que mostram a autorização para a obra, provenientes dos organismos
do Governo Federal – Ministério das Cidades e BNDES.
Inicialmente a expectativa era que parte da Linha Leste do
Metrofor fosse entregue em 2014. Agora, a nova data de conclusão prevista saltou
para 2019.
TRECHO 2 DO VLT DEVE
ENTRAR EM OPERAÇÃO ASSISTIDA ATÉ O FIM DE JUNHO:
A Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) é a
responsável pela implantação do VLT Parangaba-Mucuripe. A obra, dividida em
três trechos, está em andamento, e alcançou 65% do previsto. Mas a obra avançou
lentamente em sete meses, já que em novembro de 2016 o percentual de execução
era de 60%.
Dos três trechos do VLT, o primeiro a entrar em operação é o
trecho 2, já com 95% de execução. Entre as estações Borges de Melo e Parangaba,
o trecho 2 está em operação experimental (sem passageiros) desde setembro de
2016, com previsão de entrar em operação assistida até o fim deste mês. Nesta
fase assistida o sistema vai operar com passageiros, em horários reduzidos e
com embarque gratuito.
O trecho 1 contempla a construção da passagem inferior da
Avenida Borges de Melo. Este trecho atingiu 60% da execução, e tem previsão de
ser entregue ainda em setembro deste ano. O trecho 3, no percurso entre as
estações Iate e Borges de Melo, tem expectativa de entrega em 2018.
Quando pronto, o modal terá 13,4 quilômetros de extensão,
dos quais 12 quilômetros em superfície e 1,4 em trechos elevados. O VLT de
Fortaleza atravessará 22 bairros onde moram mais de 500 mil pessoas.
Os serviços nos três trechos são executados pelo Consórcio
VLT Fortaleza, que reúne as empresas AZVI S/A do Brasil e Construtora e
Incorporadora Squadro Ltda. O valor total da obra do VLT é estimado em R$ 284,6
milhões.
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