A Cúpula do Mercosul aprovou na semana passada a criação do
Corredor Ferroviário Bioceânico Central, que quer ligar os oceanos Atlântico e
Pacífico via ferroviária e rodoviária. A decisão é mais um passo para pôr em
prática o que promete ser uma rota de integração comercial entre três países.
São 3.755 quilômetros para unir o Porto de Santos ao Porto
de Ilo, no Peru, passando por Mato Grosso do Sul. A criação do Corredor tem
ganho atenção do Governo do Estado que atua para tirar o projeto do papel, que
depende de ação conjunta de governadores e presidentes de todos os países.
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A Semagro (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) atua com
o Ministério das Relações Exteriores e de Transporte do Brasil para reativação
da ferrovia, item essencial para a rota. “Temos realizado estudos e trabalhos
com o governo boliviano. Aprovação no Mercosul é mais um passo importante na
estratégia do governo de MS de investir em logística e competitividade”, afirma
o secretário Jaime Veruck.
O projeto é importante para a Bolívia conseguir fazer seus
produtos chegarem mais rápido a China, ligando por meio dos trilhos, os oceanos
Pacífico e Atlântico. A intenção é de que a ferrovia boliviana Oriental opere
até Campo Grande, o que depende de anuência da ANTT (Agência Nacional dos
Transportes Terrestres).
“Temos realizado estudos e trabalhos com o governo federal e
o governo boliviano, que sempre demonstrou interesse na proposta. Essa
aprovação no Mercosul é mais um passo importante na estratégia do governo do
Estado de focar na logística e na competitividade de Mato Grosso do Sul”,
comentou o secretário Jaime Verruck.
Atualmente Mato Grosso do Sul tem apenas uma rota comercial
que mantém a ferrovia ativa. A Rumo ALL, responsável pela administração dos
trilhos, tem contrato com a Arcelor Mittal para levar aço de Bauru para
Corumbá.
Esse contrato foi suspenso no ano passado e a ANTT precisou
intervir para que a Rumo voltasse a cumprir com o estabelecido, e não parasse
por completo as operações da ferrovia de MS.
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