Governo paulista recebe equipe do Banco Mundial para avaliar Trem Intercidades

Uma equipe do Banco Mundial (BIRD) virá a São Paulo esta
semana com a missão especial de analisar o projeto do Trem Intercidades junto
ao governo do Estado.

O BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento é uma instituição financeira internacional que oferece
empréstimos a países em desenvolvimento de renda média. Ele é a primeira das
cinco instituições que integram o Grupo Banco Mundial, o que o leva a ser
conhecido também pelo nome da própria instituição que integra.

O diretor de infraestrutura do Banco no Brasil, Paul Procee,
fará com sua equipe de oito profissionais um programa intensivo de
reconhecimento e discussões sobre o Trem Intercidades.

O foco da visita é coletar informações que possibilitem ao
BIRD atuar como parceiro do governo paulista na modelagem da Parceria
Público-Privado que viabilizará o projeto.

Conforme noticiamos em dezembro de 2016, em um debate sobre
o projeto do Trem Intercidades, realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília,
o Secretários dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo
Pelissioni, já dissera que a pretensão do Estado era lançar uma Parceria
Público Privada em 2017.

O projeto completo inclui várias cidades do interior
paulista, formando uma malha ferroviária que ligaria as cidades de Campinas,
Vale do Paraíba, Baixada Santista, Sorocaba e São Paulo com atendimento de
composições que correriam a 160 quilômetros por hora.

O trecho prioritário, segundo afirmou o secretário na
ocasião, era o de Americana a São Paulo, com 135 quilômetros de extensão e
custo de R$ 5,4 bilhões, atendendo a uma demanda estimada de 60 mil passageiros
por dia.

 

FASES DO
INTERCIDADES:

 

A primeira fase do Trem Intercidades tem como meta ligar as
cidades de São Paulo, Jundiaí, Campinas e Americana por um percurso de 135
quilômetros em trilhos. O projeto prevê nove estações, com um investimento para
implantação estimado em R$ 5 bilhões.

O trem de média velocidade vai operar junto com a Linha
7-Rubi da CPTM, que atualmente chega até Jundiaí. A estimativa inicial é de que
o ramal transporte cerca de 60 mil passageiros por dia.

Para tirar o projeto da prancheta o Governo de São Paulo
trabalha para atrair a iniciativa privada por meio de uma PPP.

Na modalidade de parceria, os custos de implantação são
repartidos entre o Executivo paulista e o concessionário, que pode obter
receita com tarifas e itens acessórios (como publicidade, por exemplo).

O contrato é por prazo determinado: após o encerramento da
parceria, toda a infraestrutura implantada volta para o Estado.

O diretor do BIRD, Paul Procee, após encontro com o
governador Geraldo Alckmin na última quarta-feira (21), afirmou: “A ideia de
que o poder público deve fazer tudo sozinho é ultrapassada. Cada vez mais as
cidades e Estados em todo o mundo contam com um parceiro privado para
viabilizar projetos importantes”.

O governo estadual espera que o Banco traga experiências
internacionais que sirvam de exemplo para a concretização do projeto. Isso se
explica: não há em operação nenhum transporte de passageiros sobre trilhos
nestes moldes no Brasil.

A missão sobre o Trem Intercidades inclui também equipes das
secretarias de Governo, Transportes Metropolitanos, Logística e Transportes,
Fazenda, Planejamento e Habitação, além da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM), Procuradoria Geral do Estado e Comissão de Monitoramento
dos Contratos de Concessões e Permissões.

Dentro do cronograma de visitas técnicas, até terça-feira o
grupo do BIRD vai percorrer os trechos de São Paulo a Campinas e de Campinas a
Americana vistoriando o traçado e avaliando questões ambientais e de
desapropriação.

A missão será finalizada com várias rodadas de reuniões no
Palácio dos Bandeirantes, incluindo discussões sobre aspectos de engenharia e
operacionais, traçado, demanda, desenvolvimento social e questões
econômico-financeiras.

Outro entra e para a implantação do Trem Intercidades está
no Governo Federal, que precisará liberar as áreas sob sua gestão no traçado da
futura linha. A União já mantém uma linha de cargas no traçado pretendido e
precisa autorizar o Estado de SP a ocupar as margens laterais com a linha de
passageiros.

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