O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu
nesta segunda-feira (2) ao presidente Michel Temer a liberação de recursos
federais para a obra do Rodoanel paulista.
O tucano teve audiência com Temer na manhã desta segunda no
Palácio do Planalto. A jornalistas, Alckmin afirmou que apresentou números dos
investimentos estadual e federal na construção do anel viário, que depende
apenas da conclusão do trecho Norte para completar os 180 km de extensão.
Segundo o governador, o estado investiu quase R$ 1 bilhão na
obra em 2017, enquanto o governo federal liberou R$ 87 milhões dos R$ 620
milhões que estão previstos. O tucano disse que Temer ficou de “verificar” a
situação.
“O presidente disse que ia verificar e nós insistimos porque
nós já estamos em outubro e só foram liberados até agora R$ 87 milhões, e o
estado pôs R$ 980 milhões na obra”, disse Alckmin.
A liberação de recursos para o Rodoanel tem provocado
atritos entre Alckmin e o Palácio do Planalto. Em agosto, o tucano declarou que
o governo federal “não cumpre nada” em relação à obra.
“Se dependesse do governo federal, essa obra estava parada,
e 4 mil pessoas estariam desempregada, 4 mil pessoas que é o número de pessoas
trabalhando no rodoanel”, disse o governador na oportunidade.
O Rodoanel começou a ser construído em 1998, dividido em
quatro partes. Os trechos Oeste, Sul e Leste foram concluídos, faltando o Norte
para completar o anel viário.
O que diz o governo
federal
Procurado pelo G1, o Ministério dos Transportes confirmou em
nota que o governo federal repassou à obra do Rodoanel R$ 87,3 milhões dos R$
620 milhões previstos no orçamento de 2017.
Sobre o restante dos recursos, a pasta informou que não há
um cronograma definido de pagamentos.
A liberação dos valores, acrescentou o ministério, ocorrerá
“de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira, cujas
tratativas estão em discussão com o Ministério do Planejamento”.
Segundo o Ministério dos Transportes, o trecho Norte do
Rodoanel tem investimento total da União de R$ 2,06 bilhões, sendo que até o
momento foram repassados R$ 1,34 bilhão.
O G1 também procurou o Palácio do Planalto, que não comentou
o assunto.
Agência de
inteligência
Alckmin informou que também tratou na audiência com o
presidente Michel Temer da criação de uma agência de inteligência para combater
o tráfico de drogas e de armas, que teria trabalho integrado de forças
estaduais e federais.
Segundo o governador, a proposta foi feita por Alexandre de
Moraes, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no período em que ele
era secretário de Segurança de São Paulo.
A agência reuniria as polícias estaduais, Polícia Federal,
Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência e Forças
Armadas.
“Seria uma agência de inteligência integrando mais os
estados com o governo federal nesse trabalho do tráfico de drogas e ao tráfico
de armas”, explicou Alckmin.
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