Lucro da Vale cresce quase 300% no 3º trimestre e vai a R$ 7,14 bilhões

A mineradora Vale informou nesta quinta-feira (26) que teve
lucro líquido de R$ 7,14 bilhões no terceiro, ante R$ 1,84 bilhões no mesmo
período de 2016 – alta de 288%. A empresa atribui o resultado a melhoras nos
preços realizados do minério e a resultados iniciais de uma nova política de
controle de custos (de gerenciamento matricial). No segundo trimestre deste
ano, o lucro havia sido de R$ 60 milhões.

“Além disso, a rigorosa disciplina na alocação de
capital terá impacto direto nos fluxos de caixa futuros”, afirmou o
presidente-executivo da Vale, Fabio Schvartsman, em nota.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização
(Ebitda) ajustado, que mede o potencial de geração de caixa da empresa, somou
R$ 13,25 bilhões no período, alta de 37,5% ante o mesmo trimestre do ano
passado.

Os investimentos somaram US$ 863 milhões no terceiro
trimestre. Em 2017, os aportes devem totalizar US$ 4 bilhões.

Dívida


A dívida líquida da Vale (empréstimos e financiamentos menos
o caixa) atingiu US$ 21,06 bilhões em setembro, queda de US$ 1,05 bilhão ante
junho.

A mineradora alegou que não conseguiu reduzir mais os
débitos por conta da apreciação do real na dívida em moeda nacional no período,
que fez os empréstimos em dólar crescerem para US$ 667 milhões, e também por
conta do impacto causado pela volatilidade dos preços do minério nas contas a
receber.

A meta da Vale é terminar o ano com uma dívida líquida entre
US$ 15 e US$ 17 bilhões.

Segundo o diretor de finanças da empresa, Luciano Siani
Pires, a marca deve ser alcançada porque o último trimestre normalmente é forte
em termos de vendas e recebimentos e também porque a mineradora vai assinar em
novembro o projeto de financiamento do corredor logístico de Nacala, que liga
Moçambique ao Malawi. Com esse acordo, ela deve receber mais de US$ 2 bilhões.

“Os recursos estarão totalmente disponíveis para a
redução da dívida”, disse Siani.

Novo mercado


Em comunicado para divulgar os resultados, o presidente da
Vale, Fabio Schvartsman, destacou que a companhia vive uma nova fase de e
eficiência e governança e que ela poderá ser listada no Novo Mercado da B3
“bem antes dos planos originais”.

O novo mercado é o segmento da bolsa que exige as mais
rígidas regras de governança corporativa. Nele, só podem entrar empresas que
têm apenas ações ordinárias (com direito a voto).

A Vale concluiu neste mês a conversão de suas ações
preferenciais (sem direito a voto) em ordinárias para se listar no Novo
Mercado. O movimento distancia a empresa que já foi estatal de interferências
do governo, que ainda é um de seus acionistas.

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