A decisão da empresa estatal alemã Deutsche Bahn de batizar
um trem-bala de Anne Frank, a adolescente judia cujo diário escrito durante a
Segunda Guerra se tornou célebre no mundo todo, está causando polêmica.
A composição faz parte de 25 novos trens-bala que vão ganhar
o nome de alemães famosos, escolhidos em pesquisa. O problema é que Anne foi
levada de Amsterdã para a morte em um campo de concentração nazista em um trem
estatal.
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Iris Eberl, deputada conservadora, classificou a escolha de
exemplo de “mau gosto”, já que a companhia enviou milhões de judeus
para campos nazistas. Na contramão, Antje Neubauer, porta-voz da Deutsche Bahn,
disse que Anne é um símbolo da tolerância e representa a “pacífica
coexistência de diferentes culturas, o que é muito importante em tempos como os
atuais”.
Também serão homenageados com nomes de trens o casal Hans e
Sophie Scholl, dissidentes que lutaram contra o nazismo, o teólogo Dietrich
Bonhoeffer, a filósofa Hannah Arendt, o filósofo e sociólogo Karl Marx, o
escritor Thomas Mann, o compositor Ludwig van Beethoven e a atriz e cantora
Marlene Dietrich.
O “Diário de Anne Frank” foi publicado em 1947,
sendo traduzido para 50 idiomas. A jovem alemã morrera em 1944 no campo de
concentração de Elsen, aos 15 anos.
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