Governadores do ES e RJ vão a Temer cobrar investimento em ferrovia

O governador Paulo Hartung e o governador do Rio de Janeiro,
Luiz Fernando Pezão, reuniram-se no Porto de Açu, em São João da Barra, Rio de
Janeiro, para tratar da implantação da ferrovia Vitória – Rio, a EF-118, que
ligaria os complexos portuários dos dois estados. Os governadores têm uma
audiência marcada com o presidente Michel Temer na terça-feira (14), às 15
horas, para tratar do tema.

Como contrapartida para a renovação da concessão da ferrovia
Vitória-Minas, que termina em 2026, a Vale pode fazer o investimento na EF-118,
que pode ultrapassar R$ 1 bilhão.

O governador do Espírito Santo espera que a ferrovia Vitória
– Minas seja “um ramal em direção ao Rio de Janeiro” e que os investimentos da
Vale sejam aplicados no Estado. “A viabilização da ferrovia Vitória – Rio não é
importante apenas para os dois estados, mas para o Brasil. É uma questão de
logística”, afirmou Hartung.

 

ENTENDA

 

A ferrovia, batizada de EF-118 e com extensão de 577
quilômetros, vai ligar as cidades de Rio e Vitória, passando por dois portos
relevantes para o desenvolvimento dos dois estados: o Porto do Açu, em São João
da Barra (Norte Fluminense), e o Porto Central, em Presidente Kennedy (ES).
Este último ainda está em fase de licenciamento ambiental. A expectativa, caso
o projeto saia do papel, é que cargas como rochas ornamentais, minério de
ferro, produtos siderúrgicos, entre outros, possam ser transportadas pelo
corredor ferroviário e exportadas pelos dois portos. A linha férrea também será
uma alternativa ao escoamento de grãos do Centro-Oeste, uma vez que vai se
conectar à ferrovia que liga o Rio a Santos, principal exportador de commodities
agrícolas do país.

O projeto da EF-118 estava previsto no Programa de
Investimento em Logística (PIL), lançado em 2012, e foi mantido na segunda
versão do PIL, de 2015. Inicialmente orçado em R$ 7,6 bilhões, teve o
investimento revisto para baixo após estudos de viabilidade e de demanda de
carga feitos pelas empresas Prumo Logística, dona do Porto do Açu, e pelo Porto
Central. A facilidade de implementar o projeto é que esse trecho ferroviário já
existiu. Cerca de 150 quilômetros do traçado da ferrovia seriam reaproveitados.
Além disso, não haveria necessidade de fazer desapropriações. Já foram feitas
quatro audiências públicas sobre o projeto ao longo de 2016.

A Prumo, hoje controlada pela americana EIG, é a antiga LLX,
que pertencia ao empresário Eike Batista. Hoje, Eike tem menos de 1% das ações.
Há 11 empresas instaladas no Porto do Açu.

Fonte: Gazeta Online

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*