Greve no Metrô do DF trouxe prejuízo de R$ 6,93 milhões, calcula empresa

A greve no
Metrô do Distrito Federal trouxe prejuízo de R$ 6,93 milhões à companhia em um
mês de paralisação, informou a companhia ao G1 nesta terça-feira (12). A
administração estima que 50 mil pessoas deixaram de usar os serviços todos os
dias, que normalmente é acessado por 160 mil pessoas diariamente.

Mesmo sendo uma
empresa pública com gestão independente, o Metrô é bancado pelo governo do DF.
Todos os meses, é deficitária – porque os gastos são maiores que a arrecadação.

No entanto,
tendo de lidar com esse prejuízo de quase R$ 7 milhões, a companhia prevê que
deve pedir mais recursos do Tesouro para pagar as despesas obrigatórias, como
os gastos com energia ou limpeza.

Já o gasto
com funcionários foi menor, uma vez que o Metrô cortou o ponto dos funcionários
grevistas. O Metrô informou que deixou de pagar aproximadamente R$ 1 milhão por
não trabalho. No mês passado, sem a greve, a folha de pagamento alcançou R$ 8,9
milhões.

Procurado, o
Sindicato dos Metroviários disse lamentar o prejuízo, mas afirmou que ele foi
causado pelo próprio governo.

“Esse
prejuízo sempre aconteceu porque, mesmo sem greve, as catracas chegam a ser
abertas já que não tem funcionário suficiente. Poderiam ter resolvido esse
problema antes contratando mais gente. Aí não perderam tanto [dinheiro]”,
declarou o Sindimetrô.

Um mês

Os
funcionários Metrô completaram um mês de greve no último sábado (9). O grupo
reivindica aumento salarial e novas contratações por parte do governo do DF.

Os
funcionários pedem reajuste salarial de 8,4%, com base na variação do índice
INPC, e a contratação de 631 pessoas aprovadas no último concurso – 331 de
forma imediata e 300 de cadastro de serva.

Nos horários
de pico, que agora vão das 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30, o metrô funciona
com 18 dos 24 trens.

Já nos
períodos alternativos, de menor circulação de pessoas, são 3 a 5 trens para
todo o DF. Cerca de 160 mil passageiros utilizam o transporte todos os dias.

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