Desembolsos para crédito rural tiveram alta de 14%

https://revistaferroviaria.com.br/index.asp?InCdMateria=27317&InCdEditoria=2O clima
favorável à produção de grãos na atual safra, a 2017/18, estimulou os
produtores rurais a tomarem mais financiamentos para investir em suas lavouras
na primeira metade da temporada, que começou oficialmente em julho passado.

Entre julho
e dezembro do ano passado, as contratações de crédito para investimento junto
aos bancos somaram R$ 20,7 bilhões, alta de 21,7% sobre o mesmo período da
safra 2016/17, conforme dados do Banco Central. Nessa rubrica, sobretudo as
linhas voltadas para a melhoria das propriedades rurais tiveram destaque. Os
financiamentos para investimento em armazenagem (PCA), por exemplo, dobraram
para R$ 416,4 milhões no período.

No âmbito do
Moderfrota, linha que financia a compra de tratores e colheitadeiras, os
desembolsos seguiram no mesmo patamar da safra anterior, na casa dos R$ 3,8
bilhões. No entanto, a própria indústria de maquinário espera que a procura por
essa modalidade de crédito volte a crescer e flua melhor nos próximos meses,
depois que o Conselho monetário Nacional (CMN) aumentou, no fim de dezembro, o
prazo de carência desse financiamento (para começar a pagar) com esse
propósito.

As
mudanças [nas regras de acesso ao Moderfrota] já devem começar a surtir efeito
positivo na aprovação de novos financiamentos neste primeiro trimestre,
disse Ana Helena de Andrade, a vice-presidente da Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), na última sexta-feira na
divulgação do balanço de vendas do setor em 2017.

Em outra
frente, os contratos para custeio continuaram crescendo nos seis primeiros
meses do ciclo 2017/18. A alta foi de 5% para R$ 53,2 bilhões. No entanto, o
ritmo foi menor do que o verificado nos meses anteriores, quando chegaram a
registrar alta de 25%. A desaceleração é comum para esta época, quando já foi
finalizado o plantio de grãos como soja e milho na região central do país e os
esforços começam a migrar para a colheita das lavouras.

No geral, as
contratações totais de crédito rural continuaram em ritmo forte, num cenário
favorável de juros baixos, e somaram R$ 92,5 bilhões na primeira metade da
safra 2017/18. O montante é 14,2% superior ao de igual intervalo do ciclo
anterior, o 2016/17. E enquanto os empréstimos para agricultura empresarial
cresceram 16,4% para R$ 78,8 bilhões, os destinados à agricultura familiar (Pronaf)
aumentaram 3% para R$ 13,7 bilhões.

Os bancos
públicos continuaram a liderar os financiamentos do crédito rural no país no
período. Nessas instituições, as contratações de empréstimos aumentaram 30%
para R$ 51,8 bilhões. Só no Banco do Brasil, líder nesse segmento, o volume de
crédito rural desembolsado cresceu 31%, para R$ 43,2 bilhões.

 

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