A participação do Brasil nas exportações de soja
para a China, o maior comprador mundial da commodity, cresceu para o maior
nível já registrado em 2017 e tende a se expandir neste ano, impulsionada por
preços competitivos e pelo alto teor protéico da oleaginosa brasileira.
Esse é outro golpe para o exportador rival do
Brasil, os Estados Unidos, que lida com regras de qualidade mais duras em seus
embarques para a China neste ano, bem como com os mercados globais bem
ofertados após safras volumosas nos últimos anos.
A China, que importa 60 por cento da soja
comercializada em todo o mundo, comprou 50,93 milhões de toneladas do Brasil em
2017, representando 53,3 por cento do total de compras, de acordo com dados
aduaneiros divulgados nesta quinta-feira.
Os compradores chineses usam principalmente soja
para produzir óleo de cozinha e ingredientes para alimentação animal.
As vendas dos EUA chegaram a 32,9 milhões de
toneladas, ou 34,4 por cento das importações da China, a menor participação
para o país pelo menos desde 2006.
“As importações de soja do Brasil para a China
devem continuar crescendo neste ano… A oleaginosa brasileira terá uma
vantagem nos preços e (conteúdo de) proteína”, disse Tian Hao, analista sênior
da First Futures na cidade chinesa de Tianjin.
O Brasil ultrapassou os Estados Unidos em 2012 como
o principal fornecedor de soja à China, com suas exportações com preços
atraentes, já que conta com mercados estrangeiros para vendas devido à demanda
interna e ao armazenamento limitados.
A soja brasileira também possui maior nível de
proteína ante a dos EUA, tornando-a mais atraentes para os produtores de
alimentos para animais.
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