Receita e lucro da Coamo registraram quedas no ano passado

Maior cooperativa agropecuária da
América Latina, a Coamo, com sede em Campo Mourão (PR) e atuação no Paraná, em
Santa Catarina e em Mato Grosso do Sul, encerrou 2017 com receita total de R$
11,07 bilhões, 3,3% menos que no ano anterior, e sobras (lucros) da ordem de R$
740 milhões, em queda de quase 11% na mesma comparação. Dessas sobras, R$ 318 milhões
serão distribuídos aos 28.205 cooperados do grupo já nesta segunda-feira.

Segundo José Aroldo Gallassini,
presidente da Coamo, a piora dos resultados, em um ano de colheita recorde de
grãos no país, refletiu sobretudo a forte queda dos preços de soja, milho e
trigo, responsáveis por boa parte dos negócios da cooperativa. Mas a lentidão
dos agricultores associados em comercializar sua produção, até por conta do
mercado mais adverso, também influenciou as retrações observadas.

Gallassini destacou, por exemplo, que
os estoques de passagem da Coamo cresceram para 43,7 milhões de sacas de 60
quilos em 2017, e que, se esse volume tivesse sido vendido aos preços médios
registrados no ano, a cooperativa teria tido uma receita adicional de R$ 2,24
bilhões. Conforme o dirigente, a lentidão da comercialização também provocou
problemas logísticos e elevou os custos de armazenagem.

De acordo com Gallassini, com a
recente reação dos preços domésticos da soja, em parte graças a problemas
climáticos na Argentina, tem conferido um pouco mais de celeridade às vendas
dos produtores neste início de ano – tanto de grãos estocados quanto da
produção que está sendo colhida agora. São boas as perspectivas para a produção
de soja na área de atuação da Coamo nesta temporada 2017/18, mas para a
safrinha de milho o cenário é mais complicado.

O presidente da Coamo não projeta
grande aumento da receita do grupo neste ano, mas espera, no mínimo,
estabilidade. Mas ele disse que está sendo cauteloso, até porque quatro novos
entrepostos de recebimento de grãos entrarão em operação nos próximos meses –
três em Mato Grosso do Sul e um no Paraná. Com as inaugurações, o número total
de entrepostos da Coamo será aproximará de 120.

Os novos entrepostos fazem parte de um
plano de investimentos previsto para entre 2017 e 2019 que alcança R$ 1 bilhão.
Desse valor, R$ 650 milhões estão sendo aplicados na construção de duas
fábricas em Dourados (MS). Uma das unidades é uma processadora de soja; a outra
é uma planta de refino e envase de óleo de soja.

Essas fábricas deverão dar impulso à
receita da Coamo a partir de 2019.

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