O presidente da
Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, afirmou ontem, em evento, que qualquer
consolidação da indústria é positiva, mas a partir de agora, a companhia e a
Fibria, que vão combinar suas operações, estarão focadas em acelerar a captura
de sinergias e gerar custos cada vez mais competitivos.
“A Suzano vai
revisitar a meta de custo caixa, para baixo, após a combinação com
Fibria”, disse o executivo, que participou do Fórum de Corporates Brasil
da Fitch Ratings. Conforme Schalka, a consolidação com a Fibria cria valor e
houve equilíbrio no compartilhamento desse valor com todas as partes.
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Suzano e Fibria vão
montar, em breve, um grupo com alguns funcionários de ambas as empresas para
avaliar as sinergias decorrentes da união de suas operações. O grupo se
dedicará exclusivamente a esse levantamento, que segundo estimativas de analistas
deve ficar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.
Ao mesmo tempo,
segundo Schalka, a companhia dará continuidade aos trabalhos, já iniciados,
junto à SEC, que regula o mercado de capitais americano, para registro de
recibos de ações (ADRs) nível 3. Esse processo deve tomar cerca de quatro
meses, afirmou.
A Suzano já
contratou também os escritórios que a representarão em 30 países nas conversas
com órgãos antitruste. Há quatro mercados considerados fundamentais nessa etapa
para aprovação da fusão, que pode levar dez meses: Brasil, EUA, Europa e China.
“Temos advogados contratados no mundo todo”, informou.
Após a operação,
com dispêndio de caixa é de US$ 9,2 bilhões, a Suzano tem como meta retornar a
uma alavancagem financeira de 2,5 vezes (dívida líquida/Ebitda) ou menos. Em
períodos de investimento, sua política prevê que esse índice pode chegar a 3,5
vezes e isso será mantido. “A Suzano está tomando medidas adicionais de
restrição de investimentos e na política de dividendos, praticando por certo
período a política mínima de distribuição”, comentou.
Em relação aos
preços da celulose, o presidente da Suzano afirmou que o momento segue
positivo, com demanda forte em todos os mercados e pedidos de clientes, em
diferentes regiões, acima da capacidade de entrega. A companhia anunciou novo
reajuste, de US$ 20 por tonelada, para a América do Norte e Europa com o
objetivo de reequilibrar as cotações nos três mercados mundiais de referência.
– Fonte: http://www.valor.com.br/empresas/5434591/suzano-e-fibria-vao-criar-grupo-para-avaliar-sinergias
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