A polêmica licitação para a manutenção
dos trilhos de seis linhas da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
foi retomada nesta semana.
As indefinições sobre a realização de
novos contratos se arrastam desde o ano passado.
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Funcionários da CPTM, sob condição de
anonimato, disseram que as linhas 7-Rubi (Jundiaí – Franco da Rocha – Luz) e 10
Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra), antes do fim do contrato com uma empresa
particular em agosto de 2017, contavam com 300 funcionários na manutenção dos
trilhos e dormentes (via permanente). Agora, são em torno de 30.
Os trabalhadores disseram também que são
feitos apenas reparos emergenciais e “remendos” e relacionaram descarrilamentos
que ocorreram no ano passado, em especial na linha 7, ao quadro de funcionários
que consideram ser insuficiente.
A CPTM, na ocasião, negou que a
quantidade de funcionários para a manutenção das vias não seja suficiente e
rechaçou a denúncia de que são feitos apenas serviços emergenciais e a relação
de casos de descarrilamentos de trens com o término dos contatos com empresas
privadas.
Relembre:
As novas datas para a entrega das
propostas são 24 de julho para a manutenção das linhas 7-Rubi (Jundiaí – Franco
da Rocha – Luz) e 10 Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra); 25 de julho para as
linhas 11 Coral (Luz – Estudantes) e 12 Safira (Brás – Calmon Viana) e 26 de
julho para as linhas 8 Diamante (Júlio Prestes – Amador Bueno) e 9 Esmeralda
(Osasco – Grajaú).
Os editais já foram republicados por
quatro vezes.
Pelo excesso de questionamentos sobre a
licitação, a última suspensão dos editais ocorreu em março.
Depois da publicação da reportagem do
Diário do Transporte sobre as denúncias de funcionários a respeito das
condições da “via permanente” após o fim dos contratos com empresas
particulares, o Ministério Público do Estado de São Paulo abriu inquérito civil
para investigar problemas de manutenção, seguidos de risco de acidentes, na
Linha 10-Turquesa da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
Na ação, o promotor Thomáz Yabiku afirma
que a situação atual de falta de manutenção nas linhas da CPTM podem
representar “ofensa aos princípios administrativos constitucionais da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, além da
honestidade, imparcialidade e lealdade às instituições e constituir improbidade
administrativa”.
RELEMBRE:
O Diário do Transporte pediu nesta
terça-feira, 19 de junho de 2018, um posicionamento da CPTM sobre a retomada da
licitação, mas, por meio da assessoria de imprensa, a empresa pública se
limitou a dizer para a reportagem procurar o edital no site da companhia.
– Fonte: https://diariodotransporte.com.br/2018/06/20/cptm-retoma-licitacao-de-manutencao-dos-trilhos/
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