A CNT, Confederação Nacional do Transporte, fez um cálculo
que chega a assustar. Pra que o país tenha um sistema de transporte moderno e
livre de problemas, é necessário um investimento mínimo de R$ 1,7 trilhão.
Essa estimativa da CNT foi feita com base em mais de 2.600
projetos essenciais pro desenvolvimento da infraestrutura de transporte
nacional, com intervenções que abrangem todos os modais (aéreo, aquaviário,
ferroviário e rodoviário) de cargas e de passageiros, incluindo a estrutura de
terminais. Tudo isso faz parte da sexta edição do Plano CNT de Transporte e
Logística.
Do último Plano pra cá, apresentado há 4 anos, só 9% dos
projetos foram concluídos. 80 obras que estavam em andamento em 2014 ainda não
foram acabadas – como a Ferrovia Norte-Sul. No ritmo atual de investimentos, os
projetos elencados só ficariam prontos daqui a 145 anos.
A CNT afirma que a extensão das ferrovias é baixa, que o
transporte hidroviário é subutilizado e que a maior parte das rodovias foi
construída na década de 1970 e que, sem manutenção, as estradas apresentam
buracos, não têm acostamento e nem atendem mais à demanda maior da frota de veículos.
Sem dinheiro pra fazer tudo, a CNT sugere que, pra melhorar a logística do
país, o transporte ferroviário deveria ter prioridade – oferecendo, assim, uma
alternativa ao transporte rodoviário.
Leia mais: Região abandona dez projetos prioritários para a mobilidade
Seja o primeiro a comentar