O mês de
julho foi de recorde para a MRS. O transporte de carga atingiu 15,9 milhões de toneladas
úteis, superando a marca de outubro de 2015, quando foram movimentadas 15,7
milhões de TU. Focada na diversificação, a concessionária tem conseguido
crescer na movimentação de carga geral, que já representa 30% do market share
de transporte da empresa.
“Se há cinco
anos, o minério de ferro representava 85% do total de tudo que transportávamos,
hoje corresponde a 70%. Temos reduzido gradativamente a cada ano essa
participação”, ressaltou o presidente da MRS, Guilherme Mello.
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Pelos trens
da MRS já são transportadas cargas industrializadas, que vão de bebidas e
mochilas a eletroeletrônicos. Produtos agrícolas também se destacam, apesar da
limitação geográfica da malha (distante das principais fronteiras agrícolas do
Centro-Oeste).
O transporte
intermodal de grãos pela MRS tem início no terminal de São Simão/GO, onde a
carga embarca na hidrovia e segue por 634 km até Pederneiras/SP. Neste
terminal, a carga segue via ferrovia até o Porto de Santos. “Estamos com
projeto de incrementar a capacidade do terminal de Pederneiras, para acompanhar
o aumento da demanda por transporte nessa região”, informa Mello. Dos 24
terminais aos quais a MRS tem acesso, 10 receberam investimentos nos últimos
seis anos e, atualmente, mais cinco estão em estudo para uma operação mais
pujante.
O
investimento em material rodante também se destaca entre as estratégias da
companhia. Esse ano foram adquiridos 350 vagões Hopper da Randon (250 serão
entregues esse ano e outros 100 no início do ano que vem). A conversão de
vagões também tem sido uma alternativa adotada pela ferrovia. Ao todo 120
vagões gôndola, que estavam subutilizados, foram adaptados para transportar
contêineres. A transformação foi feita em parceria com a Greenbrier
Maxion.
Audiências
públicas
Mello disse acreditar
que as audiências públicas para debater a renovação do contrato de concessão da
MRS aconteçam entre outubro e novembro deste ano. O executivo afirmou que a
empresa tem conseguido cumprir os prazos de envio das documentações técnicas
pedidas pela ANTT, necessárias para iniciar as consultas públicas. A MRS
protocolou o pedido de renovação da concessão junto ao governo federal em abril
de 2016.
Sobre a
construção do Ferroanel Norte, que seria uma das contrapartidas da empresa para
obter a renovação, Mello disse estar conversando com integrantes do governo
estadual de São Paulo, sobre a necessidade de um projeto executivo detalhado e
assertivo da obra. Ainda não existe um acordo sobre a modelagem financeira do
projeto. A princípio, a MRS entraria com parte dos recursos para a construção
da malha de 53 km, orçada em R$ 5 bilhões. “Existem outros pontos compõem a
nossa proposta de renovação. Além do Ferroanel, temos obras em trechos com
interferência urbana ao longo de nossa malha e plano de capacitação nas malhas
de acesso aos portos do Rio e Santos”.
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