Antiga Fábrica Nacional de Vagões completa 75 anos

A antiga Fábrica Nacional de Vagões
(FNV) – hoje Greenbrier Maxion e AmstedMaxion – completa 75 anos hoje. Primeira
no Brasil dedicada à produção do material rodante, foi criada em 22 de outubro
de 1943 por Getulio Vargas, em meio à Segunda Guerra Mundial, quando as
importações de vagões vindas dos EUA ficaram comprometidas. De lá para cá, a
fábrica, transferida para Cruzeiro (SP) em 1945 (sua primeira sede foi no Rio
de Janeiro), se transformou, acompanhando de perto as mudanças, crises e
retomadas pelas quais as ferrovias no Brasil passaram ao longo de quase um
século.

 

“Chegar aos 75 anos não é fácil para
nenhuma empresa do mundo. Tem que persistir”, ressalta o presidente da
Greenbrier Maxion, Eduardo Scolari. O executivo destaca as mudanças societárias
que ocorreram ao longo das décadas e aponta um dado que comprova a liderança
da fábrica no setor: “Em 75 anos, a fábrica produziu 63 mil vagões, o que
corresponde a mais de 50% da frota que hoje opera nas malhas brasileiras (121
mil vagões, segundo o levantamento feito pela RF este ano). Em 2017, a
Greenbrier Maxion entregou 71% dos 2.878 vagões produzidos no ano para Rumo,
MRS, VLI e Vale. O restante foi fabricado pela única concorrente brasileira
hoje no segmento, a Randon.

 

Em relação ao próximos anos, Scolari é
categórico ao apoiar a renovação antecipada dos contratos de concessão. Para o
executivo, o volume previsto de investimentos com a renovação dos contratos é
imprescindível para a evolução do setor. De acordo com a ANTF, a estimativa é
que as concessionárias invistam cerca de R$ 25 bilhões ao longo da vigência dos
novos contratos. Boa parte desse volume seria aplicado na renovação da frota de
vagões e locomotivas.

 

A reforma e substituição de material
rodante também ganhariam espaço, segundo a avaliação de Scolari. A Greenbrier
Maxion estima que 61 mil vagões da frota brasileira  apresentam design
obsoleto e 32,5 mil estão sucateados e precisam ser substituídos.
“Pós-renovação de contratos, a expectativa é que a partir de 2020, até 2025, 19
mil novos vagões sejam encomendados pelas operadoras”, prevê o executivo.

 

Na edição Setembro-Outubro, a RF vai
trazer uma matéria especial sobre os 75 anos da antiga Fábrica Nacional de
Vagões. Não deixe de conferir!

 

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