O governo de
São Paulo finalmente marcou para este sábado, dia 27 de outubro de 2018, às 10
horas, a inauguração da estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela. A
assessoria do Metrô não confirma, apenas informa que a inauguração será neste
mês. A Secretaria de Transportes Metropolitanos já enviou os convites formais,
aos quais a reportagem do Diário do Transporte teve acesso. Veja.
Com mais
esta entrega, a Linha 4 passa dos atuais 9 quilômetros de extensão para 11,5
quilômetros. A obra completa depende da estação Vila Sônia, cuja entrega está
prevista para o final de 2019, início de 2020, o que estenderá a Linha 4 para
12,8 quilômetros.
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Em
entrevista coletiva durante a inauguração da estação Oscar Freire, no dia 4 de
abril deste ano, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo
Pelissioni, explicou o motivo da demora maior para a entrega da última estação
da Linha 4: “A Vila Sônia tem um grande terminal de ônibus que vai servir
Itapecerica da Serra, Embu, Taboão da Serra, todos os municípios do derredor, e
um pátio de trens. Por isso, uma obra mais complexa, com 1,5 km de túneis que
estão sendo escavados ao final do próximo ano”.
FIM DA
NOVELA
O Metrô de
São Paulo prometeu inaugurar a estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela em
outubro deste ano. A última previsão divulgada havia sido para o mês passado,
mas as obras ainda não estavam concluídas.
Finalmente
entregue, a estação chega ao público com dez anos de atraso. A promessa havia
sido sinalizada em setembro pelo secretário de Transportes Metropolitanos do
estado, Clodoaldo Pelissioni, em entrevista coletiva.
Desde o
início do mês passado foram realizadas diversas interdições pela gestão Márcio
França em toda a linha para a realização de obras da futura estação SP-Morumbi,
que está sob a responsabilidade do Governo do Estado.
Conforme
noticiado pelo Diário do Transporte, a inauguração mais recente na Linha
4-Amarela foi em 04 de abril de 2018, com a entrega da Estação Oscar Freire de
forma incompleta: apenas uma das duas entradas previstas no projeto está
funcionando.
CRONOLOGIA
DO SEGUNDO TRECHO DA LINHA 4 AMARELA DO METRÔ:
– Novembro
de 2012: Assinatura de contrato por R$ 1,8 bilhão com o Consórcio Isulox
Corsán-Corviam e o Metrô para construção das estações Higienópolis-Mackenzie,
Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, o terminal de ônibus na Vila
Sônia, o pátio para trens também na Vila Sônia um túnel de dois quilômetros
para fazer uma ligação para este pátio
– Julho de
2015: Rompimento de contrato entre Metrô e Consórcio Isulox Corsán-Corviam por
atraso nas obras. Metrô e Consórcio trocam acusações.
– Novembro
de 2015: Metrô abre nova licitação para este trecho.
– 17 de
março de 2016: TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo suspende
licitação para analisar questionamentos de construtora interessada sobre
edital.
– 30 de
março de 2016: TCE julga improcedentes os questionamentos e autoriza o
andamento da licitação.
– 06 de
abril de 2016: Metrô recebe propostas.
– 07 de
junho de 2016: Metrô declarada como vencedor o Consórcio TC-Linha 4 Amarela,
formado pelas empresas TIISA – Infraestrutura e Investimentos S/A e COMSA S/A.
A proposta foi de R$ 858.743.546,73
– 12 de
agosto de 2016: As obras da segunda etapa da Linha 4 Amarela são retomas pelo
consórcio vencedor. Na ocasião, o governo do Estado prometia as estações
Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire para o final de 2017.
– 23 de
janeiro de 2018: Abertura da estação Higienópolis-Mackenzie.
– 04 de
abril de 2018: Inauguração da estação Oscar-Freire de forma incompleta. Só foi
aberto o acesso no lado ímpar da Avenida Rebouças. O secretário de Transportes
Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, na ocasião, disse que havia diferença de
solo entre um lado e outro da avenida. “Ao escavar, verificamos um solo mais
mole do que o esperado quando fizemos o projeto. Estamos tendo que escavar com
mais cuidado. O fundamental é garantir a segurança, não só do usuário, mas do
entorno da estação, então vamos trabalhar devagar, mas permanente para que no
segundo semestre possamos entregar o segundo acesso. Agora, as pessoas vão ter
que fazer a ultrapassagem da Avenida Rebouças para poder pegar o metrô no
acesso principal” — disse Pelissioni.
– 28 de
abril de 2018: Governo do Estado de São Paulo, em anexo sobre riscos fiscais do
Orçamento para 2019, admite a possibilidade de a ViaQuatro cobrar, a partir de
julho de 2018, ao menos R$ 2,335 milhões por mês por causa de atrasos na
entrega das estações da segunda fase da linha, que comprometeram a demanda
prevista. De acordo com o último aditivo com a empresa, todas as estações
deveriam ter sido concluídas em março de 2018. Também há pendências em relação
aos atrasos da fase I, em especial, após a tragédia do desabamento das obras da
estação Pinheiros, em 12 de janeiro de 2007, quando uma cratera se abriu na Rua
Capri tragando caminhões, máquinas e até um micro-ônibus que passava pelo
local. Sete pessoas morreram e depois de mais de dez anos do acidente, ninguém
havia ainda sido condenado.
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