Uma semana após ser autorizado o aumento da tarifa do metrô de Belo Horizonte, outra polêmica envolvendo o sistema de transporte vai ser tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A Comissão de Participação Popular (CPP) vai discutir, na manhã desta terça-feira (30), a reivindicação de ampliação da malha. O foco será a região do Barreiro.
De acordo com a assessoria da Casa, o pedido para realização da audiência partiu de um bloco de carnaval, o “Esperando o Metrô”, que satiriza as promessas de expansão do metrô até a região e luta para que esse plano saia do papel. Segundo a organização, neste ano, o desfile do bloco reuniu cerca de 15 mil pessoas.
Segundo a Assembleia, o objetivo da audiência pública é pressionar e verificar quais as perspectivas para recebimento de recursos para o projeto da linha 2 do metrô. Por meio da assessoria de imprensa, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos disse que não tem conhecimento da reunião e que o assunto vem sendo tratado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. O G1 aguarda um posicionamento da pasta.
Se linha 2 estivesse implantada, faria o trecho entre a Região do Barreiro e o bairro Nova Suíça, com 10,5 quilômetros de extensão em superfície, e teria estações nos bairros Nova Gameleira, Nova Cintra e Vista Alegre, na Região Oeste, e nos bairros das Indústrias e Barreiro de Baixo, em Belo Horizonte, e no Jardim Industrial, em Contagem.
O metrô de Belo Horizonte tem quase 33 anos, foi inaugurado em 1º de agosto de 1986. Atualmente, tem 19 estações e percorre um trecho de 28,2 quilômetros, entre as estações Vilarinho, na Região de Venda Nova, e Eldorado, em Contagem, na Grande BH.
Duzentos e dez mil passageiros são beneficiados por dia, de acordo com a CBTU, mas segundo a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), se as quatro linhas estivessem em funcionamento esse número pularia para 1,9 milhão de pessoas, até 2045, e as composições percorreriam 67,7 quilômetros – mais do dobro do que elas viajam hoje.
Em novembro do ano passado, o G1 mostrou como a ampliação do metrô não virou realidade.
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