Mobilidade urbana é problema antigo em Belo Horizonte

Quem anda por Belo Horizonte e Região Metropolitana sabe como o trânsito está ruim. Entretanto, o problema é antigo. O Bom Dia Minas mostra que o problema de mobilidade urbana já era enfrentado há muito tempo na cidade.


“Aqui está um espetáculo típico das grandes cidades, cujos problemas de transporte não foram ainda resolvidos. Ninguém quer perder o bonde, arranja-se como pode nos bancos escassos ou restritos”. Essa fala é de um programa da década de 1950, mas lembra muito a cidade atual.


Atualmente, passageiros seguem reclamando das condições todos ônibus, muitas vezes sujos e lotados.


Em 1897, quando a capital foi fundada, houve um planejamento, mas os meios de transportes mudaram e muitas ruas e avenidas não seguiram o caminho da evolução. “Os planejadores da época, como o arquiteto Aarão Reis, não tinham pensado, a comissão urbanizadora da capital, em uma cidade para além do contorno que eles tinham traçado no papel”, contou Marcus Vinícius Gonçalves da Cruz, pesquisador da Fundação João Pinheiro.


Já o metrô da capital começou a funcionar em 1986. Ao longo dos anos, o preço aumentou, mas as obras de expansão e melhorias do serviço ficaram paradas. A última estação foi inaugurada em 2002.


O pesquisador explicou que o grande problema são os recursos. “Ele não consegue, por falta de investimento, ir para o Barreiro, por exemplo, ou ele ter uma extensão que pudesse ligar à universidade, que é um grande polo gerador de passageiros, ao Centro e à Savassi por exemplo, à zona sul de Belo Horizonte. A falta de investimento fez com que esse tipo de intervenção urbana não pudesse ser efetivo para melhoria da mobilidade dos usuários e dos cidadãos que frequentam Belo Horizonte”, contou.


Já em 1989, houve mais uma tentativa de trazer outro de sistema de transporte sobre os trilhos: o VLT, na Avenida Cristiano Machado. Porém, o veículo nunca saiu do papel. O projeto é visto como um investimento muito caro pela prefeitura da cidade. “O VLT custa muito e transporta pouco”, informou Célio Freitas Bouzada, presidente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).


Em 2014, a Copa do Mundo trouxe obras para a capital. O Move foi a grande aposta e tem uma frota de quase 430 ônibus. Entretanto, o sistema não conseguiu desafogar completamente o trânsito na cidade.

Fonte: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/05/22/mobilidade-urbana-e-problema-antigo-em-belo-horizonte.ghtml

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*