ADAMO BAZANI
O gigante Grupo CCR formalizou aos acionistas que entende como oportunidades na área de mobilidade urbana as concessões das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes/Amador Bueno) e 9-Esmeralda (Osasco/Grajaú) da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
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Em relatório de administração de 2019, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira, 06 de março de 2020, a CCR ainda relata o interesse no TIC – Trem Intercidades, cuja primeira ligação será entre São Paulo, Campinas e Americana, e a concessão em conjunto com a linha 7-Rubi (Brás/Luz/Francisco Morato/Jundiaí).
Como mostrou o Diário do Transporte, em 27 de fevereiro de 2020, foi realizada a audiência pública da concessão das linhas 8 e 9, que deve ter contrato por 30 anos e exigir investimentos de R$ 2,6 bilhões, com parte deste valor sendo destinado a compra de 30 trens novos e reformas em 35 estações. A expectativa do Governo do Estado de São Paulo é lançar o edital da licitação em maio e receber as propostas em setembro.
Relembre:
Já o TIC – Trem Intercidades juntamente com a linha 7 deve ter o modelo de concessão e operação finalizado ainda neste ano, de acordo com promessas do governador João Doria.
A CCR também aponta no relatório para mais concessões previstas em outros Estados como o Metrô de Brasília, a CBTU – Companhia Brasileira de Trens Urbanos (Belo Horizonte, João Pessoa, Maceió, Natal, Recife) e a Trensurb (Porto Alegre). No exterior, a CCR participou do PMI – Procedimento de Manifestação de interesse em Quito, capital do Equador.
“Em mobilidade urbana, a Companhia está mapeando oportunidades no Brasil e no exterior. Em São Paulo, está em fase final de estudos para publicação dos documentos para audiência pública o projeto de licitação da Linha 7 da CPTM e do TIC (Trem Intercidades) de Campinas. Está marcado para o dia 27 de fevereiro de 2020 a audiência pública das Linhas 8 e 9 da CPTM. Outros projetos estão sob análise, como o Metrô de Brasília, cujos estudos de PMI foram entregues para o Governo do Distrito Federal e estudos da CBTU e da TRENSURB que estão sendo conduzidos pelo BNDES. No exterior, a Companhia participou do processo de manifestação de interesse para a operação do Metrô de Quito, que terá suas obras finalizadas em 2020” – diz o relatório.
Em São Paulo, juntamente com a RuasInvest (ligada ao grupo de empresários de ônibus da capital paulista e fabricantes de carrocerias), a CCR opera a linha 4-Amarela (Luz/Morumbi) e 5-Lilás (Capão Redondo/Chácara Kablin). Além de metrô, monotrilhos também serão operados pela CCR. A linha 15-Prata (Vila Prudente/São Mateus) deve ser assumida pelo grupo que foi considerado vencedor me licitação junto com a RuasInvest, mas uma decisão judicial em atendimento a uma ação do Sindicato dos Metroviários de São Paulo suspendeu a concessão. O Governo do Estado recorre.
O monotrilho da linha 17-Ouro (Morumbi/Congonhas) já é de concessão da CCR com a RuasInvest no âmbito da concessão da linha 5-Lilás.
A CCR, ainda na área de mobilidade, é a principal acionista do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos do Rio de Janeiro, o Metrô da Bahia e as Barcas do Rio de Janeiro.
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