O governo britânico concordou em injetar, em caráter de urgência, 1,6 bilhão de libras (1,95 bilhão de dólares) na operadora de transportes de Londres, cuja receita caiu durante o confinamento.
O prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, alertou na quinta-feira (14) que o tráfego de ônibus e de metrô seria reduzido, se a cidade não recebesse ajuda do governo.
A empresa Transport for London (TfL) anunciou nesta sexta-feira ter chegado a um acordo com o governo Boris Johnson, que prevê uma subvenção de 1,095 bilhão de libras (US$ 1,33 bilhão) e um empréstimo de 505 milhões de libras (cerca de US$ 620 milhões), com a possibilidade de 300 milhões de libras adicionais (cerca de US$ 370 milhões), em caso de déficit.
Durante o período de resgate, o governo assumirá o controle parcial do TfL.
A empresa viu sua receita cair 90% nas oito semanas em que o país ficou paralisado. Até agora, a TfL cobriu os 600 milhões de libras (US$ 732 milhões) necessários para operar suas reservas, mas caiu para um nível que desencadeia automaticamente cortes no orçamento.
Segundo Khan, o operador, forçado por lei a equilibrar suas contas, teria de reduzir seus serviços, em um momento em que mais trabalhadores estão usando o transporte público, devido à flexibilização do confinamento.
O prefeito manifestou ter ficado insatisfeito com o acordo proposto pelo governo, mas disse que “não tinha escolha”. Ele também acusou o Executivo de “fazer os londrinos pagarem”. As tarifas serão reajustadas em janeiro.
O primeiro-ministro Boris Johnson pediu àqueles que não podem trabalhar em casa que voltem ao trabalho, principalmente na construção civil e na indústria.
Embora o ]executivo tenha aconselhado os cidadãos a optarem por caminhar, andar de bicicleta, ou usar o carro, os ônibus e o metrô da capital ficaram bem cheios no horário de pico.
Os prefeitos de Manchester e Liverpool, no noroeste da Inglaterra, também pediram ao governo apoio financeiro para seus sistemas de transporte público afetados pela pandemia.
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