O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta segunda-feira, 22, que apesar de ter como protagonista o capital privado, o governo trabalha com plano de obras públicas. O investimento privado demora um pouco, comentou. Ainda assim, ele reiterou que nenhum pilar fiscal será destruído com a execução do plano de recuperação econômica Pró-Brasil.
Em videoconferência promovida pelo Bradesco, com o empresário Abilio Diniz, Freitas disse que o plano tem como principal gerador de recursos o investimento privado, além do foco na aprovação de projetos legislativos que tornam o ambiente de investimentos mais seguro no Brasil.
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Nesse sentido, o ministro destaca o novo marco legal do saneamento, que deve ser aprovado já na próxima quarta-feira, 24, e o PL que cria uma nova família de debênture para infraestrutura.
Precisamos mostrar que estamos comprometidos com a questão fiscal, não vamos destruir pilares fiscais, disse o ministro sobre o plano. Na ocasião, Freitas citou ainda que pode usar recursos provenientes de acordos de leniência com empresas na operação Lava Jato para finalizar obras inacabadas.
Concessões O ministro também voltou a dizer que os investidores mantêm o interesse na carteira de concessões, mesmo no contexto da pandemia. Freitas avaliou que os projetos são muito atrativos, dando como exemplos a concessão da nova Dutra e a desestatização do Porto de Santos.
Nesse cenário, Freitas disse que o encaminhamento da privatização da Eletrobrás será uma grande demonstração de que a linha liberal do governo está muito viva. Em sua avaliação, aprovada a lei que permite a capitalização, o processo de estruturação é relativamente simples.
Temos excelentes ativos, disse. Segundo o ministro, o momento agora é de calibrar as taxas de retorno para absorver a percepção de risco do investidor. Eventualmente vamos subir um tom, disse.
Meio ambiente Outra área promissora, disse o ministro, diz respeito ao licenciamento ambiental. Para Freitas, nunca houve uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tão racional e técnica quanto a atual. Eles enxergam o licenciamento como um instrumento de mitigação de risco ambiental, avaliou o ministro.
Nesse cenário, o ministro disse que o País precisa comunicar melhor suas ações ambientais. Cabe a nós mostrar a realidade, somos uma potência ambiental, diz. A fala veio depois de um comentário de Diniz sobre os investidores reclamarem da questão da Amazônia. Temos 60% de mata nativa e a segunda maior reserva florestal, disse o ministro.
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