Importação chinesa de soja segue firme

Segundo analistas, compras podem atingir 10 milhões de toneladas em julho - Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg

As importações chinesas de soja alcançaram o recorde mensal de 11,16 milhões de toneladas em junho, segundo informações da agência Reuters baseadas em dados do serviço aduaneiro do país. Em relação a maio, houve crescimento de 19%, e na comparação com junho de 2019 o volume foi 71% superior.

Boa parte das compras voltou a ser originada no Brasil. A China intensificou as importações do grão brasileiro a partir de março, depois de uma melhora do clima e em linha com a normalização das operações em seus portos.

A soja brasileira estava barata e as margens de processamento em junho ficaram realmente boas. Assim, processadores [chineses] agendaram um monte de cargas, disse Xie Hullian, analista da consultoria agrícola Cofeed, à Reuters.

Processadores assinaram muitos contratos com consumidores finais e realizaram pré-vendas de um volume grande de farelo, para travar os lucros, acrescentou. Indústrias de soja da China, que no início do ano tiveram que parar operações devido à redução da oferta do grão, agora já sofrem com excesso de estoques.

Ainda assim, as importações neste mês deverão continuar acima dos níveis normais e superar 9 milhões de toneladas, segundo fontes de mercado. As importações em julho devem atingir 10 milhões de toneladas, com a maior parte dos carregamentos vindo do Brasil, afirmou a analista Monica Tu, da Shanghai JC Intelligence, à Reuters.

De acordo com a consultoria Agricensus, os chineses acertaram a compra de 16 carregamentos de soja na semana passada, oito ou nove dos EUA e o restante do Brasil, já referentes a contratos para entrega na safra 2020/21.

Segundo a consultoria, foi o maior volume semanal importado por esmagadores chineses desde meados de junho do ano passado.

Matéria sobre importação brasileira de soja paraguaia disponível em www.valor.com.br/agro

Fonte: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2020/07/15/importacao-chinesa-de-soja-segue-firme.ghtml

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