A SuperVia, concessionária responsável pelo transporte de passageiros nos trens do Rio de Janeiro, volta a apontar dificuldades financeiras, podendo interromper as atividades no final do mês de agosto.
Em nota divulgada para a imprensa, a empresa explica que atualmente vem transportando 300 mil passageiros por dia, o que representa 50% da quantidade de pessoas em dias normais de antes da pandemia.
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Além disto, a concessionária registra uma perda de 36 milhões de passageiros ao longo da crise causada pelo coronavírus. Essa queda de demanda representa R$ 133 milhões, que se junta a uma inadimplência de 80% dos locatários de lojas e quiosques em estações.
Com este impacto negativo, a SuperVia cobra novamente uma ajuda financeira do poder público, seja em forma de repasse, abatimento ou outra maneira que busque diminuir os impactos causados no setor.
A concessão do sistema de trens urbanos no Rio de Janeiro não tem subsídios por parte do poder concedente (Estado). Os lucros e a arrecadação provém principalmente da tarifa cobrada.
O presidente da SuperVia, Antonio Carlos Sanches, frisou que a recuperação do cenário anterior ao coronavírus vai demorar e as contas da SuperVia seguem inalteradas, em contraste com uma receita inferior ao necessário.
Pelo cenário que temos analisado, concluímos que vamos demorar bastante tempo para transportar a quantidade de clientes de antes da pandemia, quando viajavam 600 mil passageiros pelos nossos trens. A perda de receita tarifária é muito grande, os gastos fixos permanecem e não trabalhamos com subsídio do governo. Por isso, precisamos de um urgente apoio financeiro do poder público para continuarmos operando por toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro depois de agosto.
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