O prefeito Alexandre Kalil (PSD) usou suas redes sociais para comemorar o anúncio de um acordo que poderá liberar R$ 1 bilhão para a obra de ampliação do metrô da capital mineira. No entanto, manteve postura de desconfiança sobre promessas de grandes repasses para Belo Horizonte e disse aguardar a efetivação dos recursos.
Neste sábado, o senador Carlos Viana (PSD) anunciou que a Justiça deve homologar nos próximos dias um acordo que pode liberar cerca de R$ 1 bilhão para a construção da linha 2 do metrô – que ligará a estação Calafate (ou uma nova estação no bairro Nova Suíça) à região do Barreiro. O projeto do novo ainda pode ter alterações.
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Boa senador. Vamos aguardar, escreveu Kalil no Twitter, na noite deste sábado (30). O prefeito usou uma expressão muito comum no meio futebolístico, que era muito usada pelo ex-treinador do Cruzeiro Adilson Batista em entrevistas coletivas.
Em 2016, durante a campanha, Kalil fez muitas críticas aos prefeitos anteriores da capital mineira, que sempre prometeram investimentos bilionários para a ampliação do metrô, mas que nunca saíram do papel.
Ao assumir a prefeitura ele afirmou que a falta de recursos não permitia falar sobre obras grandiosas e que essas promessa eram feitas para enganar a população. Segundo Kalil, sua gestão iria investir nas demandas mais básicas da população, como a melhoria dos postos de saúde.
Linha 2
O novo repasse prometido para a expansão do metrô até o Barreiro é fruto de um acordo com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que foi multada por não ter cumprido um contrato de prestação de serviço referente a uma linha férrea que passa pelos Estados da Bahia, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A empresa está pagando R$ 1,2 bilhão em 60 parcelas. A primeira parcela foi paga no fim de janeiro e os pagamentos são depositados na conta única do Tesouro Nacional.
Segundo Viana, o valor de aproximadamente R$ 186 milhões, que foram pagos em sete parcelas de R$ 26,7 milhões até agora não voltam ao Estado, mas as próximas parcelas já serão depositadas em uma conta de Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) gerenciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ao todo são 60 parcelas, sendo que os três primeiros anos serão de R$ 26,7 milhões mensais e nos 24 meses finais, cerca de R$ 10 milhões mensais.
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