O dinheiro para as obras é federal. A perspectiva é de que a operação do sistema seja estadualizada, para concessão à iniciativa privada ou PPP. Mas a ampliação da rede do Metrô de BH, assim como as demais questões da mobilidade na capital será assunto na campanha à Prefeitura. A perspectiva de liberação de R$ 1,2 bilhão para a criação da Linha 2 (Calafate/Barreiro) traz consigo a chance de uma obra esperada há mais de três décadas, com efeitos óbvios para o dia-a-dia da capital mineira que, mantidos os prazos previstos, pode ter o novo vetor de transporte ainda na gestão municipal que irá do ano que vem a 2024.
Colega de partido do senador Carlos Viana (PSD), que divulgou primeiro a informação da provável destinação dos recursos, oriundos de indenização paga pela Vale à União, o prefeito Alexandre Kalil sugeriu, por meio de post no Twitter (Vamos aguardar), postura cautelosa em relação ao tema. Quanto às propostas para um eventual segundo mandato, o estafe da candidatura só pretende revelá-las a partir do início da campanha, no próximo domingo.
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O deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania) acredita que é possível adotar uma postura mais proativa por parte da PBH, ainda que não seja a responsável pelo financiamento e execução das obras. A Prefeitura não tem a obrigação de fazer, mas tem a obrigação de se envolver. Não pode se omitir no debate, tem de lutar para que finalmente saia. É preciso mobilizar as bancadas em Brasília e reivindicar os recursos junto ao Governo Federal. A Linha 2 do Metrô é uma das intervenções mais importantes de que BH precisa, por envolver a questão da mobilidade em grande escala.
Diante do que considera um sonho importante, mas que ainda não está próximo de acontecer, Luísa Barreto (PSDB) prefere centrar esforços no transporte por ônibus. Defende a criação de mais faixas exclusivas para os coletivos; maior atenção às estações e seu entorno e promete uma revisão nas concessões de operação.
VLT e monotrilho Desta vez, o eleitor não deve se deparar com cenas como as vistas antes do processo eleitoral de 2012, quando a região central da capital apareceu cheia de escavações. Parte do que seriam estudos da Metrominas (ligada ao governo do Estado) para uma hipotética linha subterrânea (Linha 3) que ligaria a Pampulha à Savassi, passando pelo Centro. Algumas propostas de governo para a cidade citam outro tipo de transporte, a céu aberto e de execução mais simples e menos cara. Tanto João Vítor quanto Rodrigo Paiva (Novo) e Marcelo de Souza e Silva (Patriota) acenam com a possibilidade de implantação de um Veículo leve sobre Trilhos (VLT) ou monotrilho, semelhantes aos existentes, por exemplo, no Rio de Janeiro.
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