Políticas para mudar a forma como produzimos e usamos a energia são essenciais para evitar o pior cenário da mudança climática e ainda contribuiriam para a recuperação da economia global da recessão provocada pela pandemia de covid-19, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Uma estratégia para mitigar o aquecimento global poderia, nos primeiros 15 anos de recuperação, acrescentar, em média, 0,7 ponto percentual ao PIB global, estima o FMI no capítulo 3 do relatório Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado ontem. Os investimentos verdes gerariam mais 12 milhões de empregos mundialmente.
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Ao mesmo tempo, o FMI alertou que a transição para uma economia de baixa emissão de carbono também implica em custos. Entre 2037 e 2050, a instituição calcula que as políticas de mitigação possam reduzir, em média, o PIB global em 0,7% ao ano. Mas como as projeções atuais indicam um crescimento de 120% do PIB global entre agora e 2050, o Fundo vê os custos como administráveis.
Para o FMI ainda há tempo para impedir o aquecimento global e sugere que os países promovam investimentos em energia verde, reduzindo paralelamente as emissões de carbono, como estratégia para reverter os efeitos da devastação econômica da pandemia.
O FMI sugere que os países comecem investindo em transportes públicos que não gerem emissões, em redes elétricas inteligentes – capazes de incorporar mais fontes renováveis à geração de energia – e na reforma de edifícios para torná-los mais eficientes do ponto de vista energético. Esse investimento em infraestrutura verde estimulará o PIB global e o emprego, ao mesmo tempo que aumentará a produtividade nos setores de baixo carbono, diz o relatório.
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