Linha 6-Laranja: ‘Não há razão para duvidar’ do prazo de entrega, diz Doria

Alexandre Baldy, e governador João Doria se cumprimentam em cerimônia de início das obras da linha 6-Laranja

O governador de São Paulo, João Doria, disse que não há razão para a população duvidar da data prometida para a conclusão da linha 6-Laranja do Metrô, que deve ligar a região da Vila Brasilândia, na zona Noroeste à estação São Joaquim na região central da capital paulista.

A declaração ocorreu durante cerimônia de reinício das obras que ocorreu na manhã desta terça-feira, 06 de agostos de 2020.

A conclusão das obras está prevista para 2025 e agora nós não temos nenhuma razão para duvidar da sua continuidade e da obediência a este prazo. Isso foi muito estudado pela equipe do Metrô, pela equipe da Acciona, para que o cumprimento deste prazo seja feito. Não há mais obstáculo de natureza jurídica, nem administrativa, nem institucional, nem de falta de recursos, afirmou.

Como tem mostrado o Diário do Transporte, a PPP- Parceria Público Privada para a construção e operação da linha estava enfrentando problemas desde 2016, quando em setembro daquele ano, as obras foram paralisadas pelo Consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, que alegou problemas financeiros.

As empresas integrantes do Move SP são alvos de investigações de corrupção na Operação Lava-Jato em outros empreendimentos.

Em 07 de julho, o gigante grupo espanhol Acciona comprou a concessão.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, prometeu na mesma cerimônia, que a linha 6 vai possibilitar que o trajeto entre a Vila Brasilândia e São Joaquim seja feito de 23 minutos.

Com a redução de mais de uma hora no deslocamento de uma ponta a outra da linha, milhares de pessoas terão mais tempo para passar com a família, com os amigos, para se divertir e estudar, por exemplo. É um impacto importante na qualidade de vida dos passageiros, disse Baldy.

LINHA 6 – LARANJA:

Retomada das obras: 06 de outubro de 2020

Previsão de entrega total: outubro de 2025

Construção e operação em PPP – Parceira Público Privada: Concessionária Linha Universidade Participações S.A., liderada pelo grupo espanhol Acciona

Antigo Consórcio: Consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC.

Extensão: 15,3 km de extensão, entre a Vila Brasilândia (zona Noroeste) a Estação São Joaquim (região central)

Valor do empreendimento: R$ 15 bilhões

Frota: 22 trens

Demanda diária: 630 mil passageiros

Estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompeia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Angélica, Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim

Prazo de contrato: 19 anos para manutenção e operação.

Integrações: Sistemas de ônibus e linhas 1-Azul do Metrô, 4-Amarela operada pela concessionária ViaQuatro e 7-Rubi e 8-Diamante, ambas da CPTM

No dia 07 de julho de 2020 terminou a última prorrogação do processo do contato de caducidade com o Consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC.

O contrato era do Consórcio MOVE São Paulo, responsável pela construção da linha 6 Laranja do Metrô (Vila Brasilândia/São Joaquim).

O MOVE São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, assumiu o contrato de construção em 2015, mas entregou até a paralisação dos serviços, em 02 de setembro de 2016, apenas 15% das obras.

As obras estão paradas desde setembro de 2016 e assim como a atuação da MOVE SP foi controversa, a entrada da Acciona foi marcada por uma novela com ameaça do grupo espanhol não assumir o contrato, contestando valores e condições, tudo isso mesmo depois do anúncio pelo governador João Doria.

O anúncio de que a Acciona assumiria o contrato foi feito em 07 de fevereiro de 2020 pelo governo paulista.

A linha 6 é uma PPP – Parceria Público Privada prevê a construção, os trens e a operação da linha.

A Acciona, conglomerado espanhol formado por mais de 100 empresas e com sede em Madri, atua no Brasil desde 1996, onde conta com mais de 1500 profissionais em unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco.

Deteve por 10 anos a concessão da chamada Rodovia do Aço (BR-393), além de ter participado das obras do Porto do Açu, no Rio de Janeiro, além de dois lotes do Rodoanel Norte, em São Paulo.

Venceu licitações para a construção de linhas e estações de metrô em São Paulo (SP) e Fortaleza (CE).

Fonte: https://diariodotransporte.com.br/2020/10/06/linha-6-laranja-nao-ha-razao-para-duvidar-do-prazo-de-entrega-diz-doria/

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