O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (19) um plano de investimentos na malha ferroviária paulista que prevê a recuperação do trecho historicamente conhecido como Nova Alta Paulista, onde ficam cidades como Adamantina, Dracena, Osvaldo Cruz e Panorama, mas que não contempla a chamada Alta Sorocabana, onde estão Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau e Rancharia. Ambos os trechos que cortam o Oeste Paulista estão desativados.
Segundo as informações divulgadas pelo Estado, o empreendimento será realizado pelo Grupo Rumo Logística e os investimentos na nova malha ferroviária vão atender 72 municípios paulistas.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Ao todo, cerca de 5 milhões de pessoas serão beneficiadas com mais segurança viária. Entre as cidades, estão Campinas, Catanduva, Cubatão, Limeira, São Carlos, São José do Rio Preto e Votuporanga, informou o governo estadual.
A Malha Paulista forma junto com a Malha Norte o principal corredor de exportação do agronegócio brasileiro. Essas duas malhas conectam a cadeia produtiva do Centro-Oeste do país ao Porto de Santos. Com os investimentos anunciados em São Paulo, serão recuperados dois ramais desativados: Colômbia-Pradópolis (185,6 km) e Panorama-Bauru (369,1 km), que cortam o Estado em direção ao Porto de Santos. No primeiro caso, o ramal passa por entroncamentos logísticos em Bebedouro e Barretos; no segundo, atravessa cidades como Bauru e Dracena, detalhou.
Segundo o governador João Doria Junior (PSDB), a reestruturação da malha ferroviária de São Paulo prevê investimentos de R$ 6 bilhões.
O anúncio faz parte do Retomada 21/22, plano que tem o objetivo de impulsionar a economia do Estado.
Segundo o Estado, a modernização vai gerar 134 mil empregos diretos e indiretos ao longo da concessão. Grande parte das obras deverá ser concluída nos seis primeiros anos e vai proporcionar a expansão de capacidade da ferrovia de 35 milhões para 75 milhões de toneladas por ano.
Esta ação solidifica a posição do Estado de São Paulo como principal corredor de exportação do agronegócio brasileiro, levando desenvolvimento e geração de emprego e renda para o Estado de São Paulo e, obviamente, gerando benefício concreto para todo o país, completou o governador.
A malha administrada pela Rumo conecta todas as regiões do Estado com um conceito de multimodalidade, tendo integração com a hidrovia Tietê-Paraná e com a malha rodoviária estadual.
Investir cada vez mais no nosso sistema de logística e transportes é o caminho para gerar empregos, reduzir o custo de transportes e contribuir para o desenvolvimento econômico do Brasil. Estamos trabalhando na reestruturação de uma nova matriz logística de São Paulo, que vai oferecer modelos mais eficientes para a movimentação de cargas e mercadorias, com a integração do vários meios e modais, garantindo, assim, maior agilidade e também maior segurança, afirmou a secretária executiva de Logística e Transportes do Estado, Priscila Ungaretti.
A Malha Paulista é responsável pelo transporte de soja, farelo de soja, milho, açúcar, combustíveis, fertilizantes, celulose, minérios e contêineres.
As obras Estão previstas duplicações e reativações de trechos, ampliação de pátios, modernização da via e melhora na mobilidade nas cidades cortadas pela ferrovia (contornos ferroviários, viadutos e passarelas). Essa modernização, segundo o governo do Estado, irá gerar mais segurança e eficiência operacional, maior capacidade para o sistema ferroviário, redução no tempo de trânsito das composições e redução do custo operacional.
Além disso, os investimentos eliminarão os conflitos entre ferrovia e zonas urbanas em 32 municípios do Estado, entre eles Campinas, Catanduva, Cubatão, Limeira, São Carlos, São José do Rio Preto e Votuporanga.
Entre as intervenções previstas, destacam-se:
ampliação e implantação de pátios de cruzamento entre Rubinéia e Itirapina; duplicação de trechos entre Itirapina, Boa Vista Velha e Perequê, passando por municípios como Sumaré, Limeira, Rio Claro e Americana; retirada de oficina de manutenção da área urbana de Araraquara; retirada de oficina de manutenção da área urbana de Rio Claro; contorno ferroviário atendendo os municípios de Mirassol, São José do Rio Preto e Cedral. O contorno ferroviário ficará a 10 km da área central de São José do Rio Preto. Serão feitas 25 obras de artes (5 pontes e 20 viadutos ferroviários); contorno ferroviário em Catanduva: serão cerca de 18 km de trilhos e um novo pátio; reativação do ramal ferroviário Colômbia-Pradópolis (158,6 km), que passa por entroncamentos logísticos em Bebedouro e Barretos; reativação do ramal ferroviário Panorama-Bauru (369,1 km), que atravessa cidades como Bauru e Dracena; e passarelas, viadutos e pontes (rodoviárias e/ou ferroviárias) em várias cidades paulistas.
Seja o primeiro a comentar