A Prefeitura de Hortolândia assinou um contato com a Rumo Logística, ontem, que prevê a construção de um viaduto sobre a linha férrea na região central, unindo a Avenida São Francisco de Assis, na Vila Real, e a Avenida Santana, no Jardim Amanda. A estrutura visa melhorar o fluxo de veículos, facilitando o acesso entre as regiões da cidade e evitando acidentes envolvendo veículos e trens. Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, 17.580 veículos trafegam pelo trecho de passagem em nível diariamente.
De acordo com o Executivo, a Rumo investirá em obras de segurança ferroviária em 45 cidades onde há passagens em nível (conflito entre a linha férrea e o viário urbano). E Hortolândia é o primeiro município na lista das.
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O projeto elaborado pela Administração Municipal compreende intervenções desde a Igreja Matriz, na Vila Real, até a Avenida Santana, logo após a ponte do córrego que corta o Parque Chico Mendes. A estrutura terá alças de acesso à Rua Argolino de Moraes, que ficará sob o viaduto. A Prefeitura destacou, em nota, que essa obra é uma demanda antiga de Hortolândia e uma conquista histórica para a população.
Em meados de outubro, o governador do Estado, João Doria (PSDB), anunciou investimentos na ordem de R$ 6 bilhões na reestruturação da malha ferroviária de São Paulo, num programa que vai atingir 72 municípios. Está prevista a duplicação de trechos entre Itirapina, Boa Vista Velha e Perequê, passando por municípios da região de Campinas, como Americana, Sumaré, Limeira e Rio Claro. Além disso, os investimentos pretendem eliminar os conflitos entre ferrovia e zonas urbanas em 32 cidades do estado, entre eles os existentes em Campinas.
O empreendimento será realizado pela Rumo Logística e prevê a realização de duplicações e reativações de trechos, ampliação de pátios, modernização da via e melhora na mobilidade nas cidades cortadas pela ferrovia, como contornos ferroviários, viadutos e passarelas. Na oportunidade, Doria disse que a modernização da malha deverá gerar 134 mil empregos diretos e indiretos ao longo da concessão.
Juntas, as malhas Paulista e Norte formam o principal corredor de exportação do agronegócio brasileiro. Essas duas malhas conectam a cadeia produtiva do Centro-Oeste do País ao Porto de Santos. Com os investimentos anunciados em São Paulo, serão recuperados dois ramais desativados: Colômbia-Pradópolis (185,6 km) e Panorama-Bauru (369,1 km), que cortam o Estado em direção ao Porto de Santos. No primeiro caso, o ramal passa por entroncamentos logísticos em Bebedouro e Barretos; no segundo, atravessa cidades como Bauru e Dracena.
Obra integra Plano de Retomada
A reestruturação da malha faz parte do plano Retomada 21/22, anunciado pelo governo paulista no dia 16 de outubro para impulsionar a economia do Estado e que prevê também o início da implementação do projeto do Trem Intercidades (TIC).
O TIC deverá ligar a Capital paulista a Campinas, com investimento previsto de US$ 1,4 bilhão e expectativa de transportar 565 mil passageiros por dia.
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