O Globo – O aumento das passagens dos trens da SuperVia foi adiado por pelo menos 20 dias. O reajuste estava previsto para entrar em vigor no próximo dia 2, quando a passagem passaria de R$ 4,70 para R$ 5,90. A decisão foi da Secretaria estadual de Transportes.
O adiamento do aumento foi decidido depois de uma reunião entre representantes da secretaria e da SuperVia. As duas partes assinarão um termo aditivo no contrato de concessão para definir qual o valor adequado da passagem para o cenário econômico atual.
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O aumento de R$ 1,20 na tarifa – 25,5% – foi alvo de protestos de usuários dos trens. A ONG Meu Rio chegou a lançar a campanha SuperVia, aumento não pedindo a suspensão do reajuste. A intenção era de incentivar os passageiros a enviar e-mails para os gabinetes do governador em exercício Cláudio Castro; do secretário estadual de Transportes, Delmo Pinho; e dos presidentes da SuperVia e da Agetransp.
Em nota, a SuperVia informou que está sempre em contato com o governo do Rio para avaliar as medidas possíveis sobre o reajuste da passagem, preservando as características do contrato de concessão e garantindo o equilíbrio econômico financeiro da concessionária. A empresa citou também a perda de receita por causa da pandemia de Covid-19.
A SuperVia está em permanente contato com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, que é o poder concedente, para avaliar as medidas possíveis sobre o reajuste da passagem, preservando as características do Contrato de Concessão e garantindo o equilíbrio econômico financeiro da concessionária.
O reajuste anual da tarifa unitária do serviço de transporte ferroviário de passageiros de 2021 foi homologado pela Agetransp de acordo com índice previsto no contrato de concessão – o IGP-M, que resultou em um valor máximo de até R$ 5,90.
A SuperVia lembra ainda que, em função da pandemia do coronavírus, desde março de 2020 acumula uma perda financeira de R$ 315 milhões resultado da redução de 72,4 milhões de passageiros no período. A concessionária, assim como os outros modais de transporte público do Rio de Janeiro, depende exclusivamente da venda das passagens para dar continuidade à prestação do serviço e não conta com qualquer subsídio do governo.
A expectativa inicial da SuperVia era que recuperação completa de clientes se daria no segundo semestre de 2021. Mas a crise econômica do país e o aprofundamento da crise no Rio de Janeiro alteraram a previsão para a retomada da demanda, que agora deve ocorrer apenas no final de 2022 ou início de 2023.
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