G1 – A concessionária SuperVia registrou 2.816 casos de vandalismo ao longo de 2020 – uma média de sete casos por dia. De acordo com a empresa, os reparos dos materiais danificados geraram um custo aproximado de R$ 2,2 milhões.
As ocorrências também causaram transtornos aos clientes, como interrupções temporárias de operação, escadas rolantes e elevadores parados e falta de iluminação em alguns pontos.
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Ainda segundo a SuperVia, os furtos de cabos de sinalização e de energia foram responsáveis por 136 destes casos, o que representa um aumento de quase 15% em relação a 2019, que teve 119 ocorrências.
Durante o ano de 2020, os criminosos extraíram 7.474 metros de fios, o equivalente a mais de 10 vezes a extensão da Marquês de Sapucaí.
O interesse por esse material se deve à sua composição de cobre, que é facilmente vendido em ferros-velhos, distribuídos por todo o estado. Mais do que prejuízos financeiros, a retirada desse material da via provoca inúmeros atrasos, porque a sinalização automática é prejudicada.
Trens e estações vandalizados No último ano, a empresa contabilizou 298 ocorrências de danos contra os trens, sendo 101 de janelas, 18 de para-brisas e 52 de grafitagens ou pichações. Em alguns casos, as composições precisam ser reparadas nas oficinas e ficam alguns dias fora de circulação, sem atender os passageiros.
Nas estações, houve 2.382 casos de furtos ou danos de materiais. A maioria deles, 72% das ocorrências, foram contra equipamentos utilizados pela concessionária para disponibilizar álcool gel para os clientes, como dispensers e totens.
Também houve depredações de elevadores (24) e escadas rolantes (17), além de lâmpadas e luminárias, lixeiras, materiais de banheiros, e cabos de energia das estações.
Posicionamento da SuperVia A SuperVia informou que repudia as ações que danificam o patrimônio público e prejudicam o deslocamento de milhares de passageiros que dependem dos trens diariamente.
Segundo a concessionária, a segurança no sistema ferroviário é uma atribuição do governo do estado, que atua por meio do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer).
A concessionária disse ainda que os agentes de controle da SuperVia não têm poder de polícia e, ao identificar ocorrências dessa natureza, adotam todas as providencias cabíveis, acionando, sempre que necessário, os órgãos competentes.
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