G1 – O comitê de análise técnica criado pela Prefeitura de Cuiabá para avaliar a troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Bus Rapid Transit (BRT) tem previsão de ser concluída em 60 dias. O estudo tem representantes técnicos das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande e não inclui a participação do governo do estado.
A equipe formada avaliará qual modal é viável para a capital e também os estudos feitos pelo governo, que em decisão unilateral, optou pela troca do modal.
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O Comitê terá representantes das secretarias municipais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável, Mobilidade Urbana (Semob) e Obras Públicas. Participarão ainda o superintende do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o engenheiro José Picolli Neto, e o ex-secretário nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades e ex-assessor do Metrô-São Paulo, o economista José Roberto Generoso.
O convite já foi enviado para os prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e de Várzea Grande, Kalil Baracat, para indicação dos técnicos e participação na reunião, que acontece na sede da Sinfra.
A reunião será conduzida pela equipe técnica da secretaria.
O objetivo é apresentar o plano funcional e as modificações necessárias para adequar toda a rede de transporte coletivo ao BRT, a fim de garantir conforto, agilidade e facilidade de locomoção dos usuários.
Para a implantação de toda a infraestrutura do BRT, o Governo do estado se responsabilizará pela realização das obras: corredor segregado, as estações e terminais, os sistemas de monitoramento de frota e segurança e a aquisição dos ônibus movidos a eletricidade.
Os investimentos estimados serão de R$ 430 milhões, com aquisição de 54 ônibus elétricos.
As obras devem durar até 24 meses, sendo que o BRT é considerado o que modal que apresenta o menor custo e tempo de implantação, além de menor impacto no trânsito e menor tarifa, na faixa de R$ 3,04.
BRT x VLT A decisão do governador em pedir a substituição levou em conta estudos técnicos elaborados pelo estado e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana. Os estudos concluíram que a continuidade das obras do VLT era insustentável, demoraria mais seis anos para conclusão.
O estudo apontou diversos riscos na hipótese de implantação do VLT, segundo o governo. Um deles é o valor da tarifa, que ficou orçada em R$ 5,28, montante muito superior ao do transporte coletivo praticado na Baixada Cuiabana, que é de R$ 4,10.
Já na hipótese de instalação do BRT, a tarifa ficaria na faixa de R$ 3,04.
Outro revés do VLT estaria no subsídio que o Governo de Mato Grosso teria que pagar para que o modal funcionasse: R$ 23,2 milhões por ano.
Com o BRT, a estimativa é que a implantação ocorra em até 22 meses, a partir da assinatura da ordem de serviço para início das obras.
O custo de implantação também é consideravelmente menor. Enquanto o VLT consumiria mais R$ 763 milhões, além do R$ 1,08 bilhão já pago, o BRT está orçado em R$ 430 milhões, já com a aquisição de 54 ônibus elétricos. O Governo de Mato Grosso também vai ajuizar uma ação contra o Consórcio para que as empresas que o integram paguem R$ 676 milhões pelos danos causados.
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