A estação de metrô Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, adotou o nome Botafogo Coca-Cola. A alteração ocorre por meio de naming rights, prática em que empresas compram ou alugam espaços mediante a exposição de sua marca.
No Brasil, essa alternativa de marketing é comum em casas de espetáculos culturais e estádios de futebol, mas pouco utilizada em espaços do poder público.
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O uso de marcas no metrô carioca já foi rejeitado pelo governo do estado do Rio. Em 2013, o então governador Sérgio Cabral vetou a mudança de nome de estações de metrô da cidade.
No setor de trens urbanos, a operadora de celular TIM havia feito o mesmo tipo de parceria de cessão de direitos de nome, em 2011, com a SuperVia, que opera o sistema na região metropolitana. Na ocasião, a estação Bonsucesso, localizada na zona norte da capital, teve o nome alterado para Bonsucesso TIM. Na época, marcas ocuparam espaços em estações do teleférico do Complexo do Alemão, também controladas pela SuperVia.
A Coca-Cola afirma que a escolha da estação Botafogo, uma das principais do sistema metroviário da região metropolitana, se dá pela proximidade à sede da empresa. A companhia diz que o objetivo da ação é transformar o espaço utilizado por milhões de pessoas em uma experiência de conexão com a marca.
Este será o marco do início de uma longa parceria, afirmou a empresa em nota.
Em uma rede social, executivos de marketing da Coca-Cola celebraram a ação. A vice-presidente da área no Brasil, Poliana Sousa, comemorou a parceria e disse que a cessão de direitos de uso de marca irá além da troca de nome.
Esta primeira etapa será marcada pelas mudanças nas sinalizações visuais e sonoras da estação, mas estamos planejando uma série de outras ações, afirmou.
A diretora da área, Marina Rocha, destacou a proximidade da marca com o Rio de Janeiro. Segundo a executiva, além de a sede da empresa estar localizada no bairro de Botafogo, a cidade abrigou a primeira fábrica brasileira da Coca-Cola.
O MetroRio confirmou a parceria, mas não detalhou os valores que serão arrecadados com a iniciativa. Na pandemia, a concessionária informou que o movimento de embarque de passageiros chegou a ter queda de 87% em dias úteis. Em agosto, a agência Agetransp, que regula o setor no estado, proibiu a empresa de suspender a prestação de serviços aos usuários.
A decisão do órgão regulador foi tomada após a notificação do MetroRio sobre uma possível suspensão dos serviços em razão de um colapso financeiro, que teria sido causado por medidas restritivas adotadas pelo estado no enfrentamento à Covid-19.
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