O Documento (MT) – Em entrevista no programa Resumo do Dia, ancorado pelo ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França, na noite de terça-feira (22), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), criticou a proposta de plebiscito sobre a definição do modal VLT ou BRT para Cuiabá e Várzea Grande. Segundo Mendes, “isso é papagaiada da prefeitura”. Conforme o governador, a “decisão está tomada pelo governo”.
“Essa história do plebiscito é uma papagaiada de novo da prefeitura. Tudo bem, podemos até fazer um plebiscito, mas pela Constituição Estadual, para ter influência na decisão do governo, tem que ser feito no Estado inteiro e não apenas em Cuiabá. Quem vai fazer essa obra é o governo com recursos de todos os mato-grossenses. Quem vai pagar essa conta, dessa obra, não é o cidadão de Cuiabá, é o cidadão mato-grossense”, afirmou.
Conforme o democrata, “isso não é um tema de plebiscito, é uma decisão administrativa. Nesse caso específico, aqui já decidiu sobre esse tema o Conselho de Desenvolvimento Econômico da Baixada Cuiabana, onde Várzea Grande, Livramento e Chapada já concordaram, a Assembleia Legislativa já concordou, já aprovou essa mudança”.
Mendes ironizou as tentativas do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), de recorrer da decisão governamental. “Ele foi na justiça, disse que ia fazer um festival, levou um festival de surra, foram cinco a zero, perdendo na justiça. Recorreu agora no TSE, vamos aguardar a decisão, eu não sei qual vai ser, mas nós estamos com muita segurança no que fizemos”.
Segundo o governador, “a única diferença entre um e outro, para resumir essa conversa, é que um roda sobre trilhos e o outro sob pneus, os dois são modernos, os dois tem tudo de bom e de melhor. Porém, um vai pagar uma passagem de R$ 5,30 e o outro de R$ 3,00. Você vai pagar quase o dobro para rodar sob trilhos? Um custa R$ 700 milhões para terminar, o outro custa R$ 400 milhões para fazer tudo”.
Desde o início das tratativas – disse – a ideia era BRT. “Lá atrás, isso era para ter sido BRT. Daí veio o governador, todo mundo sabe quem que é, um monte de gente do governo, confessou propina. Era uma obra de R$ 600 milhões, passaram para uma obra de R$ 1 bilhão, para que, confessou que era para ganhar propina. Eu não vou gastar errado o dinheiro do cidadão. É decisão tomada, prego batido, nós estamos neste momento terminando o projeto básico, preparando a licitação, que deve sair no máximo até agosto”.
“Papagaiada” é optar pelo BRT em vez do VLT. Só no Brasil vemos essa “papagaiada” feita pelos políticos que não enxergam que trilhos é a salvação do Brasil para cargas e passageiros. Acorda governador Mauro Mendes.