Globo Rural – A nova Ferroeste, que deve ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto do Paranaguá, no Paraná, terá 1.285 quilômetros, vai exigir investimentos de R$ 25 bilhões e nove anos para ficar pronta, após o início das obras, segundo o coordenador do Plano Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes.
Atualmente, o projeto que tem a parceria do Paraná e do governo federal está em fase de elaboração dos estudos de viabilidade técnica, econômica, ambiental e jurídica.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Nesta semana, uma equipe do Ministério da Infraestrutura e representantes do Plano Estadual Ferroviário sobrevoaram os trechos de passagem da nova estrada de ferro e visitaram a estrutura do atual terminal.
“Viemos conhecer como vai ser esse novo traçado, quais são os pontos que têm interconexão com a malha já existente, quais são os problemas e as questões mais relevantes”, disse Marcos Félix, assessor especial do ministério, à Agência de Notícias do Paraná.O grupo conheceu a Ferroeste, que já liga o trecho de Cascavel a Guarapuava, onde se une à malha ferroviária da Rumo Logística com destino ao Porto de Paranaguá, e se reuniu com dirigentes de cooperativas que transportam cargas por esta via.
Coopavel, Lar, C.Vale e Frimesa enviam ao Porto de Paranaguá 3 milhões de toneladas de produtos todos os anos pela Ferroeste.
“O que precisamos é de uma estrutura logística que nos dê condições de competitividade”, disse o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. “Não temos outra saída. Precisamos transportar os produtos pelo modal rodoviário ou ferroviário. Mas a grande carga precisa escoar por uma ferrovia”.
Durante a visita, Grolli apresentou dados da Cotriguaçu, central logística formada pela Coopavel, Copacol, Lar e C. Vale, que já teve investimento em seu terminal de R$ 300 milhões, metade do previsto.
“Investimos mesmo sem a logística de transporte apropriada porque acreditamos no Paraná e no Brasil”, afirmou o dirigente, segundo a assessoria da Coopavel.
O embarque de contêineres em Cascavel em 2020 foi de 10.940 unidades, mas a demanda atual é de 36 mil e será de 72 mil contêineres em 2025. Segundo Grolli, o custo do modal ferroviário entre Cascavel e Paranaguá é R$ 1 mil mais barato por contêiner, na comparação com o modal rodoviário.
No ano passado, a Ferroeste foi qualificada para o programa de parcerias do governo federal, visando sua desestatização.
Seja o primeiro a comentar