Valor Econômico – As emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura captaram R$ 5,5 bilhões em junho, informa o Boletim de Debêntures Incentivadas, divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Economia. Com isso, o volume alcançado desde 2012, quando o papel foi criado, até agora, chegou a R$ 140,6 bilhões.
A remuneração média atingiu o equivalente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) mais 5,4%. É superior ao IPCA mais 5,2% observados em 2020, na média.
Os investidores pessoa física, que têm isenção do Imposto de Renda nessa aplicação, detêm R$ 33,4 bilhões, ou 27% das debêntures de infraestrutura distribuídas desde 2012. No ano, a participação está em 21%, ou R$ 4,3 bilhões, informa o Ministério da Economia.
Projetos na área de energia respondem por 55% das emissões realizadas no primeiro semestre do ano. Em seguida, vem o setor de transportes, com 25%, o de telecomunicações, com 13%, e o de saneamento, com 7%. O prazo médio das emissões realizadas no primeiro semestre é de 11,4 anos.
Debêntures desse tipo podem ser emitidas para projetos em infraestrutura após autorização do ministério setorial, que analisa cada projeto. As autorizações se dão por meio de portarias. Desde 2012, os investimentos associados a projetos autorizados chegam a R$ 589,6 bilhões.
Desses, R$ 390,3 bilhões já tiveram debêntures emitidas. Há, por isso, um potencial de emissões adicionais de R$ 199,3 bilhões.
Ainda conforme o boletim, os fundos de infraestrutura tinham em junho 186.781 cotistas, contra 178.505 em maio.
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